As vendas da ArcoMadrid voltaram ao que eram antes da crise

Organização avalia em 100 mil o número de visitas na feira da capital espanhola, e cita os nomes dos artistas portugueses Carlos Bunga e Pedro Cabrita Reis na lista das vendas, além da galeria Pedro Cera a fazer um balanço positivo do evento.

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A ArcoMadrid, que terminou no passado domingo, teve perto de 100 mil visitantes e registou uma alta taxa de transacções, tendo voltado aos níveis que existiam antes da crise. Pedro Cabrita Reis e Carlos Bunga são os artistas portugueses citados nas vendas, no comunicado em que a organização faz o balanço da iniciativa, que decorreu na capital espanhola entre 21 e 25 de Fevereiro.

Nos dois primeiros dias, reservados aos profissionais da área, a Arco recebeu a visita de 30 mil pessoas. Ainda não havendo dados finais, a organização faz um balanço positivo do evento, em que 29 países estiveram representados por 208 galerias. O comunicado cita a galeria portuguesa Pedro Cera, que afirma que foi “um ano espectacular”, e que tiveram um “bom ritmo de vendas” logo desde o início, tendo encontrado também “novos coleccionadores estrangeiros”.

Entre as instituições e corporações que compraram obras na feira, incluem-se a própria Fundação Arco, que gastou 175 mil euros e adquiriu, para exibir na sua colecção do Centro de Arte Dos de Mayo, peças de Amalia Pica, Armando Andrade Tudela, Eva Fábregas, Laure Prouvost, Lily Renaude Dewar, Yorgos Sapountzis e Fracesc Ruiz.

Já o Museu Rainha Sofia, com quase 225 mil euros, comprou 23 obras, de nomes como Algirdas Seskus, Patricia Esquivias, Joachim Koester, Ángels Ribé, Engel Leonardo, David Bestué, Rosa Barba, Immaculada Salinas ou María Ruido.

A DKV Seguros comprou obras de June Crespo, Blanca Garcia, Mar Guerrero, Rubén Grilo, Frederico Miró e Carlos Fernández-Pello, e a Fundação Helga de Alvear pagou mais de 400 mil euros pela peça de Dan Graham Pavilion for showing rock.

Já a galeria desta que é um dos nomes históricos das galerias espanholas, e fundadora da ArcoMadrid – e que este ano esteve no centro da polémica que marcou a feira ao retirar do seu espaço a instalação Presos políticos na Espanha Contemporânea, de Santiago Serra – vendeu, por 44.610 euros, a criação de Marcel Dzama La revolution será femenine, de Marcel Dzama.

O comunicado da Arco cita dois artistas portugueses com vendas na feira de Madrid: Carlos Bunga, com uma obra precisamente também adquirida pela Fundação Helga de Alvear; e Pedro Cabrita Reis, com peças compradas pela Fundação María Cristina Masaveu Peterson na galeria Juana de Aizpuru.

Da lista dos prémios, destaque para o Arco Comunidad de Madrid, que foi distribuído por quatro artistas espanhóis: Alex Reynolds (n. Bilbau, 1978), Cristina Garrido (n. Madrid, 1986), Teresa Solar (n. Madrid, 1985) e Elena Alonso (n. Madrid, 1981). Já o Beep para arte electrónica foi para Eugenio Ampudia; o prémio artístico Sólan de Cabras para Asunción Molinos Gordo; o prémio da Colecção de Arte Contemporânea NH para Jean-Pascal Flavien; o prémio artístico Catalina d’Anglade para Secundino Hernández; e o illy SustainArt para o brasileiro Marcelo Cidade.

Depois de Madrid, segue-se a ArcoLisboa, cuja terceira edição se realizará na Cordoaria Nacional, de 17 a 20 de Maio.

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