O passaporte falso do "brasileiro" Kim Jong-un

Documento foi emitido em 1996 e dava identidade brasileira ao líder norte-coreano e ao pai. Com ele, conseguiu viajar pelo estrangeiro.

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Josef Pwag, brasileiro, filho de Ricardo Pwag e Marcela Pwag, natural de São Paulo e nascido a 1 de Fevereiro de 1983. É assim que se apresenta o líder norte-coreano Kim Jong-un no passaporte falsificado, emitido e carimbado pela Embaixada do Brasil em Praga. O documento foi revelado nesta terça-feira pela agência Reuters, que cita cinco fontes europeias de segurança. Tal como Kim Jong-un, também o pai, o falecido Kim Jong Il, tinha um passaporte falso com identidade brasileira.

Os passaportes datam de 26 de Fevereiro de 1996 e tinham validade de dez anos. Dizem as fontes citadas pela Reuters que os documentos terão sido obtidos de forma fraudulenta para que Kim Jong-un e o pai conseguissem vistos para entrar em países ocidentais durante a década de 90.

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 “Eles usaram esses passaportes brasileiros, que claramente mostram fotos de Kim Jong-un e Kim Jong-il, para tentar obter vistos de embaixadas estrangeiras”, disse uma alta fonte de segurança ocidental, sob condição de anonimato, de acordo com informações citadas pelo El País. Diz a mesma fonte que poderá também ser indicativo de uma possível rota de fuga.

Outras quatro fontes de segurança europeias confirmaram que os dois passaportes brasileiros foram utilizados para pedir vistos em pelo menos dois países ocidentais, mas não há confirmação de que tenham sido obtidos.

A informação de que Kim Jong-un terá usado um passaporte falso para viajar sem levantar suspeitas não é nova, mas é a primeira vez que são conhecidas imagens. Em 2011, um jornal japonês contava que Kim Jong-un tinha usado um passaporte falsificado para visitar um parque da Disney no Japão, em 1991.

A embaixada da Coreia do Norte no Brasil recusou-se a comentar o caso. Já o Ministério das Relações Exteriores brasileiro confirmou que está a investigar os documentos.

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