Colecção Joan Miró vai ser mostrada em Itália em Março

Joan Miró: Materialidade e Metamorfose, que reúne 85 obras agora na posse do Estado português, vai estar patente na Fundação Bano, em Pádua, entre Março e Junho.

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A exposição da Colecção Miró foi inicialmente mostrada na Casa de Serralves, em 2016 Adriano Miranda

A exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose vai ser apresentada em Itália, em Março, depois de ter estado patente em Serralves, no Porto, e no Palácio da Ajuda, em Lisboa, anunciou esta terça-feira o Ministério da Cultura de Portugal.

"A Colecção Joan Miró, propriedade do Estado português, vai agora ser apresentada em Itália, na Fondazione Bano, em Pádua, através da itinerância da exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose, organizada por Serralves", refere o ministério, em comunicado.

A mostra, que estará patente naquela cidade do norte de Itália, será inaugurada no dia 9 de Março, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, e da presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho. Joan Miró: Materialidade e Metamorfose, constituída por 85 obras, ficará na Fondazione Bano até 24 de Junho.

As obras do pintor catalão foram mostradas pela primeira vez numa exposição na Casa de Serralves, no Porto, entre Outubro de 2016 e Junho do ano passado, tendo sido vista por 240.048 pessoas. De 8 de Setembro de 2017 a 13 de Fevereiro último, Joan Miró: Materialidade e Metamorfose esteve patente no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, onde recebeu um total de 49.265 pessoas.

Esta colecção de Joan Miró – que testemunha um período de seis décadas da sua carreira, entre 1924 e 1981 – ficou na posse do Estado português, após a nacionalização do BPN, em 2008. Em Março do ano passado, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com a leiloeira Christie's para revogar o contrato de venda em leilão da colecção, cujo valor a obter deveria servir para abater parte dos créditos do Estado português no banco.

Em 2016, a Câmara Municipal do Porto anunciou que aquela colecção de arte iria permanecer na cidade, e na Casa de Serralves.

Entre as obras expostas, estão seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospectiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974.

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