Usain Bolt, detentor de oito medalhas olímpicas e dos recordes mundiais e olímpicos dos 100 metros, revelou ter assinado contrato com uma equipa de futebol. O anúncio foi feito pelo Twitter, sem dar pormenores sobre o clube que o vai acolher. Essa informação será dada amanhã, terça-feira, prometeu o atleta.

Esta mudança representa a concretização de um sonho antigo. Bolt já tinha revelado a ambição de jogar futebol profissional, em particular no Manchester United. Se havia quem pudesse pensar que este "sonho, como o próprio lhe chamou, não seria para levar a sério, o jogador continuou por seu lado a cimentar este desejo e a expressar inequivocamente a vontade de o concretizar. “Adoro futebol e poder jogar é algo que está na minha mente há muito tempo”, disse à revista francesa So Foot.

O atleta, agora com 31 anos, disse adeus às pistas no final do campeonato do mundo de atletismo de Londres, em 2017. Em Março deste ano as dúvidas dissiparam-se quanto às suas intenções em relação ao futebol, quando prestou testes na formação germânica do Borussia Dortmund. Consegui-o devido a um acordo entre o clube e a marca desportiva Puma, que tem em Usain Bolt um dos seus rostos publicitários.

Considerado "o homem mais veloz do mundo", Usain Bolt deixou uma memória dourada no atletismo, arrecadando inúmeros títulos. Foi o único atleta na história do atletismo a tornar-se tricampeão olímpico em duas modalidades (100 e 200 metros rasos) e bicampeão também de forma consecutiva na modalidade 4x100 estafetas. Foi distinguido como atleta do ano pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e com o Laureus world sportsman of the year (recebeu esta distinção por quatro vezes). Bolt é reconhecido de forma generalizada como o maior velocista de sempre.

Usain Bolt não deixa a sua acção ficar somente pelas pistas de atletismo. Em 2016, o jamaicano doou cerca de dez milhões de dólares (quase 9 milhões de euros, ao câmbio de então) com a finalidade de ajudar as vítimas do furacão Matthew no Haiti. O mais jovem de sempre a ser condecorado com a Ordem da Jamaica, o atleta dá o seu nome a uma fundação que ajuda jovens e crianças jamaicanas, e já deixou claro que esta será a sua prioridade quando se retirar de vez do desporto. Os seus interesses expandem-se para outros campos, como os negócios na área da restauração e o críquete.

Texto editado por Hugo Torres