“Não penso sair nos próximos três, quatro, cinco anos”

O presidente executivo do BIG diz que está “a pedir" e já tem "tido contactos" com as autoridades espanholas para abrir uma operação" naquele país.

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Rui Gaudêncio

Carlos Rodrigues licenciou-se em Portugal, em Finanças, mas foi nos Estados Unidos, em 1977, que iniciou a actividade profissional, no banco predecessor do actual JP Morgan Chase. Já em Portugal, e depois da liberalização do sector financeiro em 1984, fundou e liderou o Banco Chemical. Em 1999, fundou o Banco de Investimento Global (BIG), instituição que desde então lidera. Agora, aos 65 anos, não esconde que há planos de sucessão: “consideramo-lo essencial”, diz, em entrevista ao PÚBLICO. Mas a saída não será para já. “Se me for permitido pelos accionistas, se me escolherem, e se os reguladores deixarem, não penso sair nos próximos três, quatro, cinco anos”.

A continuidade à frente da instituição, a acontecer, não será por falta de alternativas internas, assegura. “Hoje temos um bom problema no BIG: temos gente em quantidade que tem não só as capacidades como a experiência e o bom senso para fazer o banco crescer, levá-lo para outras etapas”.

Nessas etapas está Espanha. Estamos a pedir - e já temos tido contactos - às autoridades espanholas para abrir uma operação. Não vai ser um BIG com todos os sectores que temos em Portugal, mas com alguns: mercado institucional; empresas e wealth management, onde o mercado espanhol é 50 ou 60 vezes maior que o nosso”.

A actividade do banco em 2017 registou uma subida de lucros em torno dos 20%, passando dos 43,4 milhões de euros apurados no exercício anterior para mais de 52 milhões de euros.

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