Arranque voraz garantiu novo triunfo ao FC Porto

Com golos de Marega, por duas vezes, Otávio, Soares e Brahimi, os “dragões” golearam em Portimão (1-5) e vão receber o Sporting com, pelo menos, cinco pontos de vantagem sobre os “leões”.

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Jogadores do FC Porto LUSA/LUÍS FORRA

Quando o FC Porto sofreu a 14 de Fevereiro a maior derrota da sua história em casa, a possibilidade de que a goleada frente ao Liverpool abalasse a estrutura da equipa de Sérgio Conceição terá preocupado muitos portistas, mas onze dias depois a resposta dos “dragões” continua a ser contundente. Num filme já visto na recepção ao Rio Ave e, a meio da semana, na conclusão do jogo no Estoril, o FC Porto entrou na partida no Algarve voraz e em excesso de velocidade e num piscar de olhos arrumou o assunto. Frente a um Portimonense que procurou jogar com qualidade, os “dragões” marcaram dois golos nos primeiros 16 minutos e depois, gerindo com sabedoria a vantagem, construíram com facilidade uma goleada (1-5).

Após a reviravolta a meio da semana no Estoril, que colocou os portistas com cinco pontos de vantagem sobre a concorrência, Sérgio Conceição, com um discurso à Sérgio Conceição, mostrou cara de poucos amigos e disse que os seus jogadores tinham que estar “desconfiados” com a “pequena vantagem”. A mensagem parece ter chegado ao balneário “azul-e-branco”. Sem facilitar um milímetro, os jogadores do FC Porto só relaxaram quando o rival já estava KO.

Sem Ricardo, Alex Telles, Danilo, Corona e Aboubakar, Conceição manteve o 4x3x3, com Diogo Dalot (excelente exibição) na esquerda da defesa e Otávio no lugar que foi de Corona na última jornada. Do lado dos algarvios, Vitor Oliveira repetiu o “onze” que 15 dias antes tinha defrontado o Benfica, optando por deixar Wellington Carvalho, que na jornada anterior fez um golo e uma assistência em Santa Maria da Feira, no banco - Bruno Tabata jogou no lado direito do ataque dos algarvios. No meio-campo, o influente médio poveiro Pedro Sá volta a ocupar a posição “6”.

O início mostrou duas equipas ofensivas: aos 5’, um grande corte de Hackman impediu que Soares marcasse; aos 9’, após uma saída incompleta de Casillas, Felipe evitou que Fabrício colocasse o Portimonense em vantagem. A partida prometia bom futebol e equilíbrio, mas a fiabilidade portista fez a diferença. Na resposta à oportunidade dos algarvios, com uma jogada simples, o FC Porto marcou: Otávio colocou em Soares na esquerda e o avançado assistiu Marega, que inaugurou o marcador. Meia-dúzia de minutos depois, sem que os algarvios conseguissem ajustar a estratégia à desvantagem, o jogo ficou praticamente decidido. Em mais uma jogada veloz, Brahimi desmarcou Marega, o maliano cruzou para o lado oposto e Otávio fez o 0-2.

Aos dois golpes sofridos de rajada, o Portimonense ainda tentou ripostar, mas apenas um remate de Nakajima causou um pequeno calafrio a Casillas. Com o adversário sob controlo, o FC Porto permitiu que os algarvios avançassem no terreno e, no momento certo, deu o golpe final: aos 44’, Marega bisou após uma grande assistência de Maxi.

Com a partida decidida, a segunda parte não teve história. Combalido, o Portimonense não conseguia criar qualquer ameaça e Dalot chegou-se à frente: com duas assistências do promissor lateral portista, Soares e Brahimi dilataram o marcador final para os portistas até uns esclarecedores 0-5. Uma vantagem inequívoca e um pouco amenizada com o golo de honra do Portimonense, apontado já nos descontos por Posignolo.

Com a vitória, os portistas garantem que na próxima sexta-feira vão receber o Sporting com, pelo menos, cinco pontos de vantagem sobre os “leões”.

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