CDS-Lisboa quer Assunção como “alternativa ao bloco central”

Distrital quer reforço da organização do partido e abertura a simpatizantes.

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Noite eleitoral das autárquicas de 2017 foi de festa no Largo do Caldas Miguel Manso

A distrital de Lisboa do CDS vai propor a abertura do partido a simpatizantes e o reforço da organização local do CDS, para este ser o “maior partido de centro e de direita” e uma “alternativa ao bloco central”. As propostas constam da moção de estratégia que a estrutura leva ao próximo congresso, marcado para os dias 10 e 11 de Março, em Lamego.

Incentivada pelo resultado de Assunção Cristas em Lisboa (mais de 20,5%), a distrital quer projectar a ambição para o CDS nacional. “O CDS-PP ambiciona ser o maior partido do centro e da direita, numa clara alternativa consistente aos partidos do bloco central”, lê-se no texto a que o PÚBLICO teve acesso.  

Com o objectivo de os candidatos arrancarem para o terreno “dois anos antes” das eleições e de o CDS manter a barreira mínima dos “dois dígitos”, a distrital quer reforçar as estruturas e o seu funcionamento. Para isso, propõe três secretários-gerais executivos e mais três adjuntos (divididos por áreas geográficas), além de três coordenadores autárquicos. Actualmente, o CDS tem um secretário-geral, dois adjuntos e um coordenador autárquico. “Hoje, o CDS só pode ambicionar ser a primeira força política do centro e da direita, mas isso só acontecerá se houver o trabalho e o brio de todos no partido”, afirmou ao PÚBLICO o líder do CDS-Lisboa, João Gonçalves Pereira.

A moção propõe ainda a abertura a simpatizantes. O texto distingue entre os militantes activos (que pagam quotas) e os simpatizantes (a quem não é exigido qualquer pagamento). Os simpatizantes “são os que se identificam com a matriz ideológica e programática, mas que não desejam – por falta de tempo ou outras circunstâncias - participar na vida interna do partido”, segundo o texto.

Outra das moções que vai ao congresso é a do vice-presidente Nuno Melo, que vem reiterar a posição da líder do partido sobre as eleições europeias. Nuno Melo defende que os centristas devem concorrer sozinhos às eleições europeias e que essa opção “potencia” os seus votos, com o objectivo de, juntamente com o PSD, alcançarem mais mandatos do que PS, BE e PCP juntos.

A posição foi assumida esta quinta-feira numa conferência na sede do CDS em que o dirigente antecipou as linhas da sua moção, sublinhando que, "às vezes, os dois partidos concorrendo separadamente podem potenciar em mandatos mais do que aquilo que podiam fazer conjuntamente". 

O prazo para entrega das moções ao conclave de Lamego termina esta sexta-feira.

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