A Ferrache é portuguesa e os pais são Manuel e Daniel Ferreira

Empresa está a posicionar-se e quer conquistar um público de classe alta.

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Manuel e Daniel Ferreira, os dois irmãos miguel manso
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Blusa (51,90 euros) DR
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Blusa (61,50 euros) DR
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Casaco (129,90 euros) DR
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Camisa (75,90 euros) DR
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Bolero de ganga (116,50 euros) DR
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Corta-vento (114,50 euros) DR
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Os empresários de Barcelos inauguraram espaço em Lisboa miguel manso

Manuel e Daniel Ferreira nasceram numa família que sempre esteve ligada ao têxtil. O avô vendia nas feiras, tecido a metro e samarras, recorda Manuel Ferreira. Os seis filhos seguiram-lhe os passos, uns na venda, outros na produção. Em 1990, o pai Domingos Fernandes Ferreira e os dois filhos abriram uma fábrica. Em 2005, os irmãos criaram a Ferrache, que, sabem, muitos pensam ser uma marca estrangeira. Não é. Agora, a empresa familiar quer posicionar-se, “ir mais longe”, o primeiro passo foi abrir um showroom em Lisboa, esta semana, só para lojistas.

“O meu pai sempre teve confecção, tipo alfaiataria, naquele tempo chamava-se uma oficina, onde produzia e vendia para lojas da região de Barcelos”, conta Manuel Ferreira, sentado no escritório do seu novo espaço em Lisboa. Quando em 1990 avançaram para a fábrica, o pai deu-lhes “total liberdade para fazerem opções” e os irmãos foram experimentando. Começaram por produzir gangas e “as coisas foram evoluindo de uma maneira positiva”, continua Manuel Ferreira.

“A minha mulher sempre gostou de moda, sempre teve muito bom gosto, o que ajudou a melhorar e a fazer crescer o negócio, porque começámos a ser mais inovadores”, prossegue. Olga Ferreira sorri e confirma que sempre gostou de ir a Paris, conhecer as novas tendências. Aliás, foi dela a ideia de registar o nome Ferrache, em 2005. “Pensei dar um toque francês a Ferreira”, confirma a sócia-gerente e advogada. “Incorporava o nome da família, mas sem ser parolo”, defende o marido.

E porquê este nome? “Criámos um nome que soasse nos mercados, que fosse bom para a exportação”, justifica Manuel Ferreira. “Procurámos um nome estrangeiro, mas sempre assumimos que é uma marca portuguesa”, salvaguarda o empresário, acrescentando que muitas vezes entra em lojas e não sabe se o produto é português, francês ou italiano.

O seu é português, feito não só na sua fábrica – no total, a empresa tem 89 pessoas – mas também noutras, mais pequenas, que trabalham em exclusivo ou são subcontratadas. “Há uma fábrica que faz muito bem malhas, faz ela e não fazemos nós”, exemplifica Olga Ferreira. “Sempre tivemos bons parceiros e bons fornecedores”, informa o marido. “Procuramos usar tecidos que sejam amigos da natureza mas que, ao mesmo tempo, valorizem a própria peça”, acrescenta.

A roupa que fazem é feminina, o design poderá agradar mais a uma mulher a partir dos 30 anos, mas também há calças de ganga e T-shirts com aplicações que podem ser adquiridas por jovens. “Estamos a fazer roupa para uma classe média, com design nosso”, diz Manuel Ferreira, que quer chegar a uma classe mais alta. 

E essa é uma das razões por que abriu o showroom em Lisboa, um espaço sofisticado onde apetece entrar para comprar, mas não é possível. Ali só entram lojistas para fazerem encomendas para as suas lojas – registados são mais de 700, mas regulares andam na casa dos 350, informa o empresário. Além deste espaço, a Ferrache tem mais dois, no Porto e no Porto Alto. Quanto a lojas de venda ao público, estas estão no Norte, em Barcelos, Viana do Castelo e Guimarães. Também há uma loja em Santander, em Espanha, e um outro espaço em Paris, França. A exportação representa 15% a 20% das vendas da marca. 

“Queremos posicionar a marca e melhorar na área do digital, mas para já ainda não temos loja online. No entanto, esperamos ter a curto prazo e vender para todo o mundo”, ambiciona Manuel Ferreira. 

Se no showroom está a colecção de Primavera/Verão, na empresa de Barcelos já se está a desenhar a colecção Outono/Inverno. O volume de facturação é de oito milhões de euros. “Temos crescido de uma maneira sustentável, investindo sempre capitais próprios, nunca fomos à banca”, orgulha-se o empresário. 

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