Critical Software vai abrir centros de engenharia no interior

Deverá contratar pelo menos 60 engenheiros de software, numa decisão que procura ajudar a combater o êxodo populacional para o litoral.

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A Critical nasceu em 1998 em Coimbra Adriano Miranda

A Critical Software, uma empresa tecnológica com sede em Coimbra, vai abrir quatro centros de engenharia em Évora, Tomar, Vila Real e Viseu, e deverá contratar pelo menos 60 engenheiros de software, numa decisão que procura combater o êxodo populacional para o litoral.

A empresa lançou esta quarta-feira uma campanha de recrutamento de 60 engenheiros de software para os quatro novos centros de engenharia, sendo que esse "é o número mínimo" estipulado para o arranque dos escritórios, que deverão estar a funcionar em Abril, disse à agência Lusa o director executivo e co-fundador, Gonçalo Quadros.

"Queremos depois crescer" para além das 15 pessoas por cada um dos centros, explicou, sublinhando que este movimento da empresa para abrir escritórios no interior do país prende-se com a necessidade de "combater um êxodo das empresas e das pessoas, principalmente os mais jovens, para os grandes centros urbanos" no litoral. Para Gonçalo Quadros, há que contrariar "esse caminho", esperando que a experiência nestes quatro novos centros "permita abrir outros e cobrir o país de forma uniforme".

A Critical Software nasceu em 1998, em Coimbra, e é uma empresa especializada em sistemas críticos, que tem trabalhado em sectores como o automóvel, a aeronáutica, o espaço e a defesa.

Os locais para os novos centros, explicou Quadros, foram escolhidos face à existência de pessoas qualificadas, que pudessem arrancar com os escritórios naqueles locais, para além das "relações fortes ou privilegiadas com algumas universidades ou politécnicos". A empresa já recebeu "inúmeras candidaturas e contactos" para os novos centros, o que demonstra que "há interesse e que este movimento faz sentido".

"As pessoas querem que isto aconteça e querem que haja alternativas", referiu, salientando que estes centros são "mais um motivo bom, forte, para que as pessoas tenham sonhos e possam trabalhar em determinados domínios e abraçar carreiras profissionais que sejam estimulantes sem terem de ir para os grandes centros urbanos do país".

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