Adivinhe quem vai almoçar em Belém

No balanço da visita a São Tomé e Príncipe, Marcelo anunciou que almoça com Rui Rio na segunda-feira, dia 26.

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Marcelo recebe Rio na segunda-feira LUSA/MIGUEL A. LOPES

No balanço final da visita ao arquipélago são tomense, o chefe de Estado falou da “visita pessoalmente inesquecível” ao “povo-irmão de São Tomé e Príncipe”, agradeceu a “amizade fraternal virada para o futuro que está a construir neste presente” e repetiu as promessas de reforço da cooperação, a que a vinda próxima de António Costa irá dar continuidade. O Presidente informou ainda que na segunda-feira, já em Lisboa, receberá de novo o líder os sociais-democratas, Rui Rio.

Questionado sobre como vê o burburinho político que vai no PSD, depois de ter conseguido um momento de união entre partidos a cantar a Grândola, Marcelo desdramatizou: “Quando se vê de fora tem-se outro distanciamento, outra perspectiva, e vê-se como é grande a unidade nacional, traduzida na participação entusiástica de todos os grupos parlamentares, na vivência da mesma política externa e daquilo que é essencial para a nossa unidade”.

“Aquilo que nos une é de longe mais importante do que aquilo que nos divide. E depois há, em política e democracia, o acessório. Por muito importante que pareça o acessório, quando se tem distanciamento histórico e geográfico, percebe-se que o acessório é acessório”, acrescentou. E acabou por anunciar que já tem um almoço marcado com o novo líder do PSD, uma semana depois da apresentação de cumprimentos da nova liderança do maior partido da oposição.

Quando lhe perguntaram sobre quais os animais típicos do arquipélago lhe merecem mais respeito – as águias e falcões de São Tomé ou os papagaios do Príncipe -, Marcelo afirmou que, “neste paraíso da natureza, respeita toda a natureza, não permito fazer distinção entre espécies, nem animais, nem vegetais”. “Todas fazem parte da riqueza da natureza. Entre aves não distingo, entre plantas não distingo, nem sequer entre essa outra criação da natureza que são os seres humanos. É esse o papel do Presidente”.

O chefe de Estado tinha acabado de visitar o Parque da Biodiversidade, património da humanidade, onde conheceu as qualidades das ervas típicas da região explicadas por curandeiros locais. Questionado sobre se são precisas mezinhas para dirigir a política portuguesa, Marcelo disse que não: “Temos uma Constituição, que diz o que deve ser o Presidente da República. A Constituição é para respeitar, não é para ser violada, os sucessivos Presidentes respeitam, no seu estilo próprio”.

* O PÚBLICO viajou num avião da Força Aérea Portuguesa

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