Mourinho anula Sevilha e Fonseca opera reviravolta frente à Roma

Manchester United resistiu no Sánchez Pizjuán em duelo sem golos. Shakhtar reagiu a tempo de discutir a eliminatória em Itália.

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O Shakhtar partirá para Itália em vantagem sobre a Roma LUSA/SERGEY DOLZHENKO

Desfechos diferentes para José Mourinho e Paulo Fonseca no encerramento do primeiro “assalto” dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, embora o sentimento de dever cumprido e de poder decidir a passagem aos quartos-de-final continue intacto em ambos os casos.

Em Sevilha, houve mais segurança e menos fulgor de um Manchester United que soube sofrer e resistir, mantendo o nulo que lhe permite uma abordagem diferente em Inglaterra. Ainda que, no final, tenha refrescado o ataque na expectativa de poder ferir os espanhóis num momento crítico, com as entradas de Martial e Rashford para os lugares de Sánchez e Mata, a estratégia de José Mourinho era eminentemente de expectativa. Por isso reservou Paul Pogba, entregando a titularidade a Scott McTominay.

Pouco depois do primeiro quarto de hora de jogo, porém, teve que armar o meio-campo com o internacional francês. Pogba foi chamado a render Ander Herrera, lesionado, numa fase em que o Manchester United começava a controlar melhor o ímpeto inicial do Sevilha. Com Alexis Sánchez muito vigiado e Lukaku a falhar a melhor ocasião inglesa da primeira parte, os “red devils” resistiam às estocadas de Muriel, Navas e Mercado muito à custa da elasticidade de David de Gea, que com três defesas decisivas negou o golo aos compatriotas. Os números corroboravam a diferença de rendimento das equipas, com os ingleses suplantados nos capítulos do remate e dos ataques, ainda que a posse de bola fosse mais repartida.

A segunda parte não foi muito diferente, apesar de começar a acentuar-se a quebra sevilhista, que acabaria por traduzir-se numa noite sem golos.
Em Kharkiv, o outro treinador português em acção na noite da Champions, Paulo Fonseca, garantiu a vitória numa reviravolta com toque sul-americano (2-1). Uma vitória que deixa tudo em aberto para a segunda ronda, em Roma, e que, apesar de apertada, é um prémio justo à coragem da equipa ucraniana.

O Shakhtar Donetsk experimentou inúmeros problemas na fase inicial para anular a formação romana, determinada em chegar ao golo.
Dzeko poderia até, com facilidade, ter cerceado bem cedo as ambições do conjunto de Paulo Fonseca, mas o melhor que o avançado bósnio conseguiu foi uma assistência cirúrgica para o golo do turco Cengiz Ünder, praticamente a fechar a primeira parte (41’). Nessa altura já o Shakhtar tinha equilibrado e até criado situações que justificavam melhor sorte. Mas a estrela mudaria com a atitude combativa e com os golos do argentino Facundo Ferreyra (52’) e do brasileiro Fred (71’).

A Roma esteve perto de alcançar um resultado bastante interessante, embora mantenha todas as condições para se impor em Itália. Muito graças à exibição do guarda-redes brasileiro Alisson Becker, que evitou o terceiro golo do Shakhtar Donetsk em momentos cruciais, sempre com defesas de enorme qualidade.

Na última tentativa de ampliar a vantagem, os ucranianos ainda encontraram uma última barreira, com Bruno Peres a completar a estirada de Becker e a travar com o pé, já sobre a linha de golo, o que poderia ter sido um lance fundamental para Paulo Fonseca reforçar as aspirações a atingir os quartos-de-final na prova milionária.

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