Cartas ao director

Violência no futebol

Queria apoiar o artigo do jornalista Rui Tavares sobre as declarações do presidente dum clube de futebol.

Não sou sócia de nenhum clube mas aprecio bastante este desporto, tendo simpatia pelo mesmo a que pertence o dito presidente. Acho que chega de má criações (falando sobre a quantidade de olhos...) e declarações incríveis desta vez contra os jornalistas.

Será que nunca lhe ensinaram que tem de se ter tento na língua? Será que nunca aprendeu que tem de ter respeito por todos para ser respeitado? E os sócios? Pelos vistos admiram ter um presidente que gere bem o clube ( aí não digo nada pois não tenho competência para abordar esta questão) mas que seja ordinário, mal criado convencido que tem o rei na barriga.

Muito mal vai este clube em que os sócios admiram e concordam com a maneira de estar deste homem porque senhor não é.

Maria Freire, Lisboa

 

Golpe de estádio
Primeiro, a chantagem de que ameaçava demitir-se se os estatutos do clube e regulamento disciplinar não fossem aprovados, depois, a transformação da AG num lavadouro público, enxaguando roupa suja, visando antigos dirigentes, treinadores e sócios. No fim, Bruno de Carvalho saiu vencedor, tinha conseguido implantar uma ditadura moderna através de um golpe de estado no reino de Alvalade. O caudilho é assim, julga-se o salvador leonino e permite uma certa oposição, desde que controlada. Não existe melhor propaganda e manipulação colectiva do que censurar jornais, televisões, rádios e plataformas digitais, aquele totalitarismo que visa condicionar comportamentos dos cidadãos. Nem falta a polícia política: os adeptos incentivados pelo ódio que insultam e intimidam jornalistas. Será que a democracia não pode acusar criminalmente estes irresponsáveis que estragam o desporto?    
Emanuel Caetano, Ermesinde

 

Contratação a prazo e a termo

Após leitura no PÚBLICO do artigo “Contratação a prazo e sem termo: um debate em aberto”, da autoria de João Cerejeira e Miguel Portela, o mesmo peca por defeito. Esqueceram-se de indicar as razões práticas da utilização dos contratos a prazo (legalmente a denominação é “a termo”) pela maioria das empresas que a eles se recorrem, que, entre outras, podem ser: a utilização abusiva e ilegal dos contratos a termo; a contratação recorrente através destes contratos de trabalhadores para as mesmas funções, continua e recorrentemente; a coacção perante os contratados a prazo para se constituírem como empresários em nome individual e, mais recentemente, em empresas; camuflagem destes contratados em trabalhadores a “recibo verde”; pagamento de ordenados mínimos (ou menos) para a categoria e muitas vezes sujeitos a objectivos; falta e ineficiência de fiscalização por parte das autoridades competentes e, outras vezes, com a conivência de institutos que deveriam promover o bom emprego/trabalho. Quem é que não se lembra de um anúncio de emprego a requerer um engenheiro, com viatura  própria, para receber mensalmente 500 euros?

Muitas mais razões existem para que as empresas recorrem, ininterruptamente aos chamados “contratos a prazo”.

João Cunha

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