Lionel Messi reencontra o seu maior obstáculo

Chelsea e Barcelona defrontam-se esta noite em Stamford Bridge na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Em oito jogos, o “10” dos catalães nunca conseguiu marcar aos londrinos

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Messi não se tem dado bem com o Chelsea LUSA/WILL OLIVER

A segunda metade da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões começa nesta terça-feira a ser disputada em Munique e em Londres. Na Allianz Arena, um super Bayern – 18 vitórias nos últimos 19 jogos – é amplamente favorito contra o Besiktas de Pepe e Ricardo Quaresma, enquanto em Stamford Bridge o Barcelona parece começar em vantagem frente a um fragilizado Chelsea. No entanto, apesar do momento menos positivo dos “blues” – três derrotas nas últimas seis partidas -, os catalães e Lionel Messi têm motivos para estarem apreensivos: o Barcelona não ganhou nenhum dos últimos sete confrontos com o Chelsea e em oito jogos, o argentino não marcou qualquer golo aos londrinos.

Na longa e ímpar carreira de Lionel Messi, há poucas insígnias que o argentino ainda não tenha no currículo. Com praticamente todos os troféus colectivos e individuais conquistados – falta um título pela principal selecção argentina -, Messi amealhou pelo Barcelona a nível europeu um registo que apenas Cristiano Ronaldo supera. Porém, apesar dos 100 golos em 10.272 minutos disputados nas competições de clubes da UEFA – marca a cada 102 minutos e 43 segundos -, o argentino não conseguiu festejar um golo seu a sete dos 30 clubes que defrontou. No restrito grupo de equipas que sobreviveu a Messi está o Benfica - em 122 minutos frente aos “encarnados” o avançado do Barcelona não marcou -, mas a principal “pedra no sapato” do internacional argentino é o Chelsea. Ao longo da sua carreia, Messi já defrontou o clube de Stamford Bridge em oito ocasiões, tendo participado em 655 minutos dessas partidas. Todavia, os “blues” parecem ser um obstáculo aziago para o “10” dos “blaugrana”: Messi nunca marcou ao Chelsea e falhou um penálti no último jogo entre catalães e londrinos.

O infortúnio de Messi nos duelos com o clube de Roman Abramovich acaba por trazer por arrasto um passado pouco feliz do Barcelona frente ao Chelsea. “Blaugranas” e “blues” já se defrontaram 12 vezes nas provas de clubes da UEFA, com quatro vitórias para o Chelsea, três para o "Barça" e cinco empates. Porém, com Messi na equipa, os catalães só venceram em 22 de Fevereiro de 2006. Nos sete jogos seguintes, há dois triunfos dos londrinos e cinco igualdades.

Apesar de ter a estatística a seu favor, o Chelsea precisará de muita inspiração para impedir a 11.ª presença consecutiva do Barcelona nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. A equipa de Antonio Conte venceu apenas quatro dos últimos 12 jogos que disputou e, com o campeonato praticamente perdido para o Manchester City, a Champions pode ser a derradeira bóia de salvação para o treinador italiano.

No outro jogo da noite, os pratos da balança caem quase por inteiro para o lado alemão. Após um início de época anormalmente irregular, a locomotiva do Bayern Munique voltou a carburar a todo o vapor com o regresso de Jupp Heynckes ao comando técnico. Com o experiente treinador alemão, o Bayern soma 22 vitórias em 24 jogos e o Besiktas parece ter na Allianz Arena uma missão quase impossível. No entanto, Heynckes procurou na antevisão da partida enaltecer as qualidades dos turcos, que “não se vão esconder”, deixando rasgados elogios a Senol Günes: “O segredo por trás do Besiktas é o seu treinador. Com 65 anos, é muito experiente e absolutamente um técnico de topo. Sabe com unir uma equipa. Eles são bem estruturados e sabem como contra-atacar. Digo isto para deixar elogios a ele.”

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