Rio reitera disponibilidade para diálogo com “outros partidos”

Novo líder do PSD tem reunião com o primeiro-ministro António Costa esta terça-feira

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Rio foi secretário-geral do PSD quando Marcelo era o líder do partido
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Rio foi secretário-geral do PSD quando Marcelo era o líder do partido Rui Gaudêncio

O novo líder do PSD quer marcar reuniões com os outros partidos – o encontro com o primeiro-ministro já está agendado para esta terça-feira às 12h00 – para iniciar o diálogo, adiantou o próprio Rui Rio nesta segunda-feira, no final de uma audiência de uma hora e meia com o Presidente da República. Elina Fraga não fez parte da delegação que acompanhou Rio no encontro com Marcelo Rebelo de Sousa. 

“A principal mensagem que aqui deixámos é que estamos disponíveis para, com os outros partidos, fazer reformas que, de outra forma, não é possível fazer”, afirmou aos jornalistas, destacando a “particular afinidade” com o Presidente da República com quem trabalhou no PSD. Rui Rio foi secretário-geral do partido quando Marcelo Rebelo de Sousa liderava os sociais-democratas.

O novo líder do PSD recordou que “a vontade do Presidente da República é que haja diálogo” entre os partidos, “e não só entre dois partidos”, e que isso é também “uma preocupação” sua.

Ainda sem “propostas concretas” – a nova direcção só tomou posse no domingo, como o próprio justificou –, Rui Rio disse que as prioridades para o diálogo serão definidas pelo partido, depois de reunir a comissão política nacional, mas que os temas são conhecidos. A data da primeira reunião comissão política nacional deverá ser divulgada ainda nesta segunda-feira.

O líder dos sociais-democratas sugeriu que o diálogo com os partidos que se vai agora iniciar será distendido no tempo. Para algumas reformas o limite será as eleições europeias de 2019, para outras  - “muitas” – o prazo só terminará depois, mas o “trabalho de casa já estará preparado”.

Questionado sobre se o próximo Orçamento do Estado foi um dos assuntos abordados na audiência com o Presidente da República, Rui Rio considerou ainda ser cedo para isso: “Não, não, estamos em Fevereiro”.

O líder do PSD esteve acompanhado pelo novo secretário-geral do partido, Feliciano Barreiras Duarte, e pelos vice-presidentes Isabel Meirelles, Nuno Morais Sarmento e Manuel Castro de Almeida. Estiveram ausentes desta delegação os outros três vice-presidentes – David Justino, Salvador Malheiro e Elina Fraga. Rio assegurou que a polémica em torno da antiga bastonária da Ordem dos Advogados não foi falada na reunião. Questionado sobre se os militantes do PSD não merecem uma explicação sobre essa escolha para a direcção, Rio respondeu afirmativamente, mas acrescentou que o local próprio para isso não era Belém. 

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