Pancadaria, nove expulsões e um jogo terminado mais cedo

Confusão no campo e nas bancadas entre dois clubes rivais do estado da Baía, no Brasil, acabou com um jogo mais cedo.

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Reuters/DIEGO VARA

Os jogos entre o Vitória e o Bahia, um clássico entre equipas do mesmo estado brasileiro, costumam também ser um clássico de confusão. Este domingo, o jogo de futebol entre as duas equipas tinha um selo de compromisso por um jogo sem incidentes, seria o "Ba-Vi da paz", como lhe chama o jornal Folha de São Paulo. Só que foi tudo ao contrário.

Por causa dos atritos entre os adeptos, havia já seis encontros entre as duas equipas que só podiam ser assistidos por adeptos de cada uma das equipas, à vez. Ontem, domingo, tinha sido o regresso à normalidade, com adeptos de ambas as equipas nas bancadas e correu logo mal. Mas os problemas não tardaram.

Na verdade, os problemas começaram logo fora de campo, com a detenção pela polícia de vários adeptos em desacatos por posse de droga, garrafas de cerveja vazias partidas, pedras e paus. Mas foi já dentro do estádio do Barradão, em Salvador da Baía onde se disputava a partida, que tudo descambou. O Vitória estava a ganhar por uma bola desde a primeira parte quando, já depois do intervalo, o Bahia empata de penálti. O jogador comemora o golo, de acordo com a imprensa brasileira, fazendo gestos obscenos para a bancada dos adeptos da equipa rival — e tudo começou.

Os jogadores das duas equipas envolveram-se numa confusão generalizada, com murros, empurrões e alguns pontapés, e acabaram por ser expulsos de sopetão sete jogadores, quatro do Vitória e três do Bahia.

No marcador estava 1-1, em jogadores estava nove para o Bahia, oito para o Vitória. Mas por pouco tempo. Nas contas a descontar, pouco depois, um jogador do Vitória faz uma falta e vê o segundo amarelo. Expulso. Vitória ficava com sete jogadores, no limite do que mandam os regulamentos. Acontece que depois desta falta, há quem acredite no Brasil que o treinador do Vitória, Vagner Mancini, deu ordem para que mais um jogador da sua equipa fosse expulso e assim obrigasse ao fim da partida.

E foi logo o que aconteceu na marcação da falta. O guarda-redes impediu a sua marcação, chutando a bola para longe e... foi expulso.

Com apenas seis jogadores do Vitória em campo, mandam os regulamentos que o árbitro deve apitar para o final da partida e dar a vitória à equipa que tem mais jogadores em campo — neste caso, o Bahia.

Feitas as contas, nove expulsões, 13 detidos, muita pancadaria e uma vitória na secretaria. Agora, o tribunal brasileiro de desporto vai analisar se os clubes devem ou não ser sancionados.

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