No “palmódromo”, Rio ganhou a Passos

O novo e o anterior presidente tiveram reacções muito diferentes dos militantes nos discursos inaugurais.

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As palmas do congresso LUSA/MÁRIO CRUZ

As palmas que as principais figuras do partido recebem durante os seus discursos são sempre alvo de fartos comentários entre os delegados. Muitos avaliam mesmo as intervenções pela quantidade de vezes que o orador é interrompido para aplausos e pela intensidade dos mesmos.

Quem foi mais ou menos aplaudido gera por vezes até acesas discussões entre os congressistas. Para esclarecer algumas dúvidas que possam existir, o PÚBLICO cronometrou os aplausos feitos ao presidente do PSD que sai, Passos Coelho, e o que entra, Rui Rio, nos discursos que abriram o 37º congresso social-democrata, na noite de sexta-feira.

Vamos às contas. Pedro Passos Coelho fez um discurso de 31 minutos. Assim que foi chamado ao palco, a sala levantou-se para lhe oferecer um longo aplauso que durou 1m37s. Durante a sua intervenção foi interrompido com palmas 22 vezes. No total, durante o discurso, as palmas tiveram a duração 3m22s.

O novo líder teve um discurso mais longo (43 minutos) e a sua entrada em palco foi mais fria que a de Passos: foi aplaudido durante 20 segundos, sem grande entusiasmo e sem o calor do seu antecessor. Durante a sua intervenção, foi interrompido com palmas 55 vezes e no total somou 6m14s de aplausos.

Mas houve diferenças nas palmas dadas a um e outro. Passos teve interrupções mais longas, enquanto as de Rio foram muitas vezes fugazes. O novo presidente só foi fortemente saudado quando elogiou o anterior líder e o seu rival nas eleições directas. 

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