Federer solidifica a liderança em Roterdão

O tenista suíço vai permanecer como número um do mundo até meados de Março.

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Roger Federer Reuters/MICHAEL KOOREN

Com a ascensão ao primeiro lugar do ranking assegurada desde sexta-feira, Roger Federer soltou o seu melhor ténis na final do torneio de Roterdão. A vítima foi Grigor Dimitrov, que não conseguiu resistir mais do que 56 minutos ao suíço, que elevou para 97 o número de títulos conquistados na carreira e está agora a 12 do recordista Jimmy Connors.

“É daquelas semanas que nunca esquecerei. O objectivo era chegar às meias e acabei por vencer o torneio”, revelou Federer, após derrotar o quinto jogador do ranking, com um duplo 6-2. Este foi o terceiro título do suíço em Roterdão – após os triunfos em 2005 e 2012 – e o segundo da época, após a conquista do Open da Austrália.

Na final presenciada pelo rei Willem-Alexander da Holanda, Federer dominou por completo o encontro com o búlgaro, nunca enfrentando qualquer break-point, culminando assim mais uma semana memorável. “Fiz um grande primeiro encontro e um grande último encontro. Pelo meio, foi uma batalha e muita tensão, regressar a número um e também lidar com as minhas expectativas e os meus nervos. Consegui controlar a pressão e realizei uma grande exibição desde o início. Elevei o nível e estou muito orgulhoso por ter triunfado aqui”, resumiu o campeão.

Dimitrov ainda não tinha cedido qualquer set até à final, mas esteve adoentado na noite anterior e não conseguiu estar no seu melhor no derradeiro encontro. “Não consegui jogar o meu melhor ténis. E frente a Federer, não se pode jogar a menos de 100%”, disse.

Este foi o 20.º título da categoria ATP 500 de Federer, que detinha o recorde em igualdade com Rafael Nadal. Com os 500 pontos averbados, o suíço elevou o seu total para mais de 10 mil pontos, uma fasquia que não ultrapassava desde Janeiro de 2013.

Federer tem a liderança do ranking ATP garantida até 18 de Março, mês em que se realizam os Masters 1000 de Indian Wells e Miami. Depois disso, a eventual presença nos torneios de terra batida mantém-se em dúvida. “Nada mudou esta semana. Não deverei disputar uma época de terra batida inteira. Decidirei depois de Miami”, adiantou Federer que, recorde-se em 2017 preferiu não competir em terra batida, regressando à competição na época de relva que encerrou com o oitavo título em Wimbledon.

Esta semana, realiza-se mais um ATP 500, no Rio de Janeiro, onde Gastão Elias (114.º) foi o único tenista português a passar a primeira ronda do qualifying, ao contrário de Pedro Sousa (123.º) e João Domingues (194.º). João Sousa (68.º) preferiu os hardcourts do ATP 250 de Marselha, onde terá como primeiro adversário o sérvio Filip Krajinovic (38.º).

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