Actrizes britânicas pedem união contra assédio e abuso sexual

Em dia de entrega dos prémios Bafta, duas centenas de mulheres publicam carta aberta em que desafiam mais mulheres a apoiarem a causa Time's Up.

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Os prémios Bafta são entregues neste domingo em Londres Reuters/HANNAH MCKAY

Keira Knightley, Emma Thompson e Naomie Harris figuram entre as 190 actrizes britânicas que apelam à união contra o assédio e o abuso sexual, numa carta divulgada neste domingo.

A carta foi divulgada pelo jornal The Observer, no mesmo dia em que decorrerá, em Londres, a cerimónia dos prémios de cinema Bafta, na qual as actrizes prometem vestir de negro como gesto de solidariedade para com o movimento contra os casos de assédio e abuso sexual Time’s Up – tal como já tinha acontecido na cerimónia de entrega dos Globos de Ouro, nos EUA.

Na carta agora divulgada, as actrizes recordam como nas últimas semanas as mulheres se organizaram “por todo o mundo, resistindo e denunciando” casos de assédio sexual.

Assinalaram ainda que, quando em Outubro de 2017 a imprensa publicou informações sobre diferentes casos de assédio e abuso na indústria cinematográfica, receberam “centenas de cartas de solidariedade” de mulheres de outros sectores.

As subscritoras da missiva desafiam outras profissionais a juntarem-se a este movimento e a “fazer com que 2018 seja o ano em que acabou a época do assédio e do abuso sexual”.

Em Janeiro, nos Estados Unidos, os vestidos e trajes negros encheram o tapete vermelho na 75.ª edição dos Globos de Ouro, num primeiro grande protesto público contra o assédio às mulheres em Hollywood, na sequência de acusações de abuso sexual contra homens do mundo do espectáculo.

A iniciativa juntou-se à acção desencadeada por mais de 300 conhecidas mulheres de Hollywood, entre elas as actrizes Meryl Streep e Eva Longoria, que lançaram um fundo destinado a ajudar as mulheres menos privilegiadas a defenderem-se de possíveis abusos sexuais no local de trabalho.

Este fundo, designado Time’s Up, garantiu mais de 13 milhões de dólares (10,7 milhões de euros) em doações e procura ajudar estas mulheres com baixos salários a protegerem-se das consequências das denúncias de abusos sexuais.

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