Semana cultural da Universidade de Coimbra passa pelas casas para falar de património

Verso de Ruy Belo serve de mote a uma programação influenciada pelo Ano Europeu do Património Cultural.

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Adriano Miranda

A Universidade de Coimbra (UC) parte de um excerto de um poema de Ruy Belo para organizar a vigésima edição da sua Semana Cultural. “Oh as casas” serve de chapéu à programação que foi apresentada nesta quinta-feira pela vice-reitora para a Cultura da UC, Clara Almeida Santos.

A Semana Cultural (que já foi de facto uma semana mas que, de há uns anos para cá, tem assumido um formato mais prolongado) tem início no dia 1 de Março, com a sessão comemorativa dos 728 anos da universidade. Estende-se depois até 28 de Abril, dia em que a programação se encerra com o projecto CORDIS, num concerto no Teatro Académico Gil Vicente que junta guitarra portuguesa, piano e bailado.

Pelo meio há conferências, exposições, debates e mais concertos. São cerca de 100 iniciativas distribuídas por dois meses, sublinha Clara Almeida Santos. A responsável destaca ainda o caracter científico e cultural dos eventos, que procuram convocar o Ano Europeu do Património Cultural (2018) bem como os Jogos Europeus Universitários, que decorrem este Verão em Coimbra.  

Da agenda de eventos, a vice-reitora destaca o concerto de abertura a cargo da Orquestra Académica da UC. Os músicos que integram este projecto que vai no segundo ano de vida vão “buscar partituras ao sótão” dos artistas, referiu, para explicar que o concerto vai ser composto por obras menos conhecidas de compositores como Francisco de Lacerda, António Xavier Lacerda ou Nikolai Rimsky-Korsakov.

Clara Almeida Santos apontou ainda para as palestras sobre o património que abordam intervenções recentes no edificado da cidade. O ciclo começa pelo Colégio da Trindade (onde decorreu a apresentação), passa pelo bloco central dos Hospitais da UC e acaba nas instalações da Plural, a cooperativa farmacêutica que se instalou recentemente no antigo edifício da Fábrica da Cerveja, na zona da Pedrulha.

O orçamento desta edição cresceu em relação a 2017. No total, a programação da Semana Cultural custou 100 mil euros, verba que conta com mecenato do Santander, entidade bancária que tem protocolos com a Universidade de Coimbra noutras áreas.

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