Uns queixam-se de sobrecarga, outros de falta de ritmo, e todos do frio

Sporting no Cazaquistão para a primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. Jorge Jesus preocupado com sintético.

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Reuters/STRINGER

Não foi uma recepção calorosa, pelo contrário, a que o Sporting teve no Cazaquistão, onde disputa a primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. Após uma viagem de mais de sete horas, os “leões” enfrentaram uma temperatura de 24 graus negativos. Foi a primeira etapa de um duelo que prosseguirá hoje (16h, SIC) perante o primeiro emblema daquele país a atingir a fase a eliminar de uma competição europeia. Mas durante o jogo o frio não será problema: o Astana Arena é coberto, o que permite que o ar esteja climatizado entre os 15º e os 18º.

Num jogo entre duas equipas que nunca se defrontaram, cada um tem de lidar com os seus problemas: o Sporting queixa-se da sobrecarga, o Astana da falta de ritmo. “O sucesso, às vezes, paga-se caro”, afirmou Jorge Jesus, a respeito do desgaste acumulado pelos “leões”. O Sporting perdeu em Fevereiro a invencibilidade nas provas nacionais, com derrotas consecutivas frente a Estoril (campeonato) e FC Porto (Taça). “Vamos lançar uma equipa forte que consiga fazer um bom resultado para chegar a Lisboa em vantagem”, garantiu.

Já o Astana queixa-se do oposto. A equipa do Cazaquistão está há dois meses sem competir – disputou a última partida no início de Dezembro, na fase de grupos da Liga Europa (o campeonato local terminou a 5 de Novembro). “Claro que o Sporting é favorito, mas não temos medo. Jogamos sempre da mesma maneira. Se tivermos oportunidades para atacar vamos usá-las”, frisou Stanimir Stoilov.

O emblema do Cazaquistão não é um desconhecido do futebol português. Defrontou o Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões 2015-16, e até conquistou um dos quatro pontos frente aos “encarnados”, num empate 2-2 no Astana Arena (na Luz, a equipa de Rui Vitória impôs-se por 2-0). Os dados que recolheu na altura permitem a Jorge Jesus analisar o Astana como “um adversário que no seu estádio é difícil e perigoso”. O facto de a partida ser jogada em relvado sintético será uma dificuldade acrescida: “Se eu mandasse na FIFA ou na UEFA, sintéticos zero. Podem dizer que são de última geração, mas é tudo treta ao pé da relva”, criticou o técnico, que deixou Mathieu em Lisboa para prevenir qualquer problema físico do francês.

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Com a Taça da Liga já conquistada e ainda na luta por outros três títulos (campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa), Jorge Jesus admitiu que é “um sonho” conquistar o troféu europeu. “Mais do que um sonho, pode ser uma realidade. O Sporting tem condições para chegar a uma final desta competição. Em Portugal, os três ‘grandes’ definem o campeonato como prioridade, mas fizemos tudo para estarmos aqui em condições. Queremos chegar o mais longe possível”, vincou.

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