De biquíni, Brenna Huckaby é a primeira mulher amputada a posar para a Sports Illustrated

A snowboarder é campeã mundial e vai participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018, no próximo mês.

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Brenna Huckaby Instagram @bren_hucks
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A snowboarder paralímpica Brenna Huckaby, 22 anos, trocou a neve e o frio pelo calor de uma praia paradisíaca em Aruba. O motivo foi uma produção fotográfica para a edição especial de fatos-de-banho da Sports Illustrated.

A campeã norte-americana, que irá competir nos Jogos Paralímpicos de Pyeongchang, que se realizam no próximo mês, é a primeira pessoa amputada a destacar-se na campanha de biquínis daquela revista.

A atleta, que fez ginástica antes de adoecer, contou à revista Cosmopolitan que está muito feliz pelo apoio que tem recebido de outras mulheres portadoras de deficiência. "A reacção tem sido extremamente positiva, melhor do que eu esperava", declarou. "Antes de ser fotografada só pensava que queria representar as mulheres com deficiência da melhor forma que conseguisse."

Todavia, a snowboarder destacou uma das mensagens que recebeu, já que foi enviada por uma mulher que se identificou com todos os obstáculos que Brenna teve de ultrapassar. "Se eu tivesse visto estas fotos quando era mais jovem, estas teriam ajudado muito na minha recuperação depois do cancro", contou a mulher, segundo Brenna Huckaby.

Foi em 2010, que Brenna descobriu que tinha um osteossarcoma, um tipo de cancro nos ossos e, por isso, teve de amputar a perna direita. Mais tarde, acabou por se mudar para o Utah, onde aderiu ao snowboard para poder continuar a praticar desporto.

Todavia, a snowboarder contou que foi depois de ter sido mãe que começou a olhar para o seu corpo de uma forma diferente. "Foi preciso ter a minha filha Lilah para perceber o quão incrível é ter uma pessoa a crescer dentro de nós", explicou, acrescentando que o exterior do seu corpo se tornou apenas um acessório. "Eu sei que sou muito mais forte do que o meu corpo" disse à Cosmopolitan.

A campeã mundial deixou ainda um conselho para outras mulheres portadoras de deficiência. "O nosso corpo é apenas uma ferramenta. O importante é lembrarmo-nos de quem realmente somos", sublinhou.

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