Paulo Colaço encabeça lista alternativa ao Conselho de Jurisdição

No congresso do PSD, já há uma lista adversária à da direcção a um dos principais órgãos do partido.

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Último congresso foi em Espinho, em 2016 Martin Henrik

O actual membro do Conselho Nacional de Jurisdição (CNJ) do PSD Paulo Colaço irá encabeçar uma lista a este órgão no Congresso, alternativa à da direção, apesar de ter sido apoiante do presidente eleito, Rui Rio.

"Entendo que o CNJ é um órgão imparcial e que assim se deve manter. Não quero comprometer a imagem de equidistância que sempre tive", afirmou Paulo Colaço, justificando a apresentação de uma lista independente, em declarações à Lusa.

Por outro lado, considera que, desde que foram introduzidas directas no partido, as listas apresentadas aos órgãos nacionais não devem ser vistas como "de oposição mas complementares" às do líder.

"Acho que as listas não podem ser entendidas como oposição, são feitas por pessoas que também querem ser representantes dos militantes nos órgãos nacionais", defendeu.

Sendo este órgão eleito por método de Hondt, o objectivo de Paulo Colaço é manter os mesmos dois lugares (de um total de nove) no Conselho de Jurisdição que conseguiu eleger no último Congresso, também numa lista alternativa à da direção de Pedro Passos Coelho.

Paulo Colaço, que também integrou o órgão jurisdicional do PSD nas lideranças de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, é ainda autor de uma proposta de revisão estatutária que será apresentada aos congressistas.

No último Congresso, foram apresentadas quatro listas ao CNJ e a da direcção, encabeçada por João Calvão da Silva, conseguiu 5 dos 9 mandatos.

O 37.º Congresso do PSD realiza-se entre sexta-feira e domingo, no Centro de Congressos de Lisboa.

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