Desenho de Klimt desaparecido foi restituído por herdeiros de empregada de museu

Desaparecido de uma colecção pública há várias décadas, estava escondido num armário.

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A pintura Adele Bloch-Bauer I, de Klimt, exposta em Los Angeles em 2006; não foram ainda divulgadas imagens do desenho agora restituído CHRIS PIZZELLO/Reuters

Um desenho do pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918), desaparecido de uma colecção pública há várias décadas, foi restituído pelos herdeiros de uma empregada de museu que o tinha roubado e escondido num armário, anunciaram terça-feira as autoridades.

O desenho Zwei Liegende (Duas mulheres deitadas) faz parte de um lote de quatro obras de Klimt e do colega Egon Schiele que tinha sido emprestado ao museu municipal de Linz por uma artista local, Olga Jager, que morreu em 1965. Quando os herdeiros de Jager pediram a restituição das obras em 1990, a direcção do museu apercebeu-se que tinha perdido o rasto do lote.

O município de Linz, uma cidade industrial do norte da Áustria, foi condenado em 2006 a pagar 8,3 milhões de euros de indemnização aos herdeiros de Olga Jager, um valor que foi contestado pelo município, alegando que o caso tinha prescrito.

Em meados de Janeiro deste ano um dos desenhos foi agora restituído, anunciou o presidente da Câmara de Linz, Klaus Luger, numa conferência de imprensa.

Este desenho tinha sido levado por uma secretária do museu que se reformou em 1977, que depois o escondeu num armário quando se apercebeu que estava a ser procurado.

Em Dezembro de 2017, a secretária morreu mas pedia no testamento para que a obra fosse restituída ao museu, assegurando que a mesma lhe tinha sido oferecida pelo director da época.

"O aparecimento deste desenho dá-nos a esperança que os outros três também possam vir a ser encontrados", indicou o presidente do município num comunicado.

As três obras de Egon Schiele (1890-1918) são uma aguarela Jovem homem, o desenho Casal e um óleo, Tote Stadt, (Cidade morta), avaliada pela justiça em cerca de 7,5 milhões de euros.

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