Ex-Presidente e nove ministros detidos por suspeita de corrupção

Alvaro Colom e ex-ministro das Finanças que agora é secretário da Oxfam são ouvidos por caso que envolve compra de autocarros.

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O ex-Presidente Alvaro Colom, ao chegar ao tribunal para ser confirmada a sua detenção Fabricio Alonzo/REUTERS
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Juan Alberto Fuentes, ex-ministro das Finanças e director executivo da Oxfam na Guatemala Luis Echeverria/REUTERS

O ex-Presidente da Guatemala Alvaro Colom e um ex-ministro das Finanças que agora é secretário da Oxfam Internacional foram detidos numa operação anti-corrupção, anunciou o procurador que lidera as investigações no Ministério Público, Juan Francisco Sandoval.

Embora a detenção do ex-ministro Juan Alberto Fuentes não tenha nada a ver com a sua actividade na Oxfam, onde está desde 2015, é mais uma pressão sobre a organização não-governamental britânica. A ONG está já em risco de perder o financiamento público no Reino Unido, e também de muitos doadores, depois de ter sido revelado que elementos da ONG pagaram por prostitutas, provavelmente menores, no Haiti e também no Chade. 

Colom, de 66 anos, presidiu à Guatemala entre 2008 e 2012 e a investigação que levou à sua detenção visa um grande projecto de transportes públicos, diz a Reuters. Oito outras pessoas foram também detidas — ex-ministros de Colom, que assinaram contratos para comprar autocarros para o sistema Transurbano.

Colom não é o primeiro Presidente do país a enfrentar acusações de corrupção — nem a ser preso. O actual chefe de Estado, Jimmy Morales, foi criticado pelas Nações Unidas, União Europeia e embaixador dos EUA na Guatemala por estar a tentar expulsar um organismo da ONU que tenta levá-lo a responder perante a justiça por corrupção. Esteve ameaçado de impeachment, por suspeitas de financiamento ilícito da campanha. Embora não se tenha concretizado a ameaça, ficou muito enfraquecido.

Quanto a Otto Perez, o antecessor de Morales, está preso, a aguardar julgamento por acusações de corrupção, depois de ter sido forçado a abandonar a presidência por intensa pressão popular e o Parlamento lhe ter retirado a imunidade, em 2015.

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