Investimento da Altice na reposição de ligações e serviços ascende a 20 milhões

Num documento entregue no Parlamento, a empresa garante ter cumprido "integralmente e de forma escrupulosa" todos os acordo de níveis de serviço contratados para o SIRESP.

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Presidente executivo da Altice Portugal foi ao Parlamento prestar "um esclarecimento cabal" a Jorge Lacão LUSA/ANTÓNIO JOSÉ

O investimento da Altice Portugal na reposição das ligações, serviços e rede devido aos incêndios do ano passado ascende a 20 milhões de euros, segundo o documento entregue pela empresa na Assembleia da República. De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, "o investimento na reposição das ligações, serviços e rede, bem como todas as operações, cifra-se na ordem dos 20 milhões de euros".

Na passada terça-feira, o presidente executivo da Altice Portugal reuniu-se com o vice-presidente da Assembleia da República, Jorge Lacão, para prestar "um esclarecimento cabal".

No documento, a Altice Portugal refere que, "face à dimensão dos incêndios de 15 de Outubro que voltaram a devastar o país e que resultaram em mais de 3500 quilómetros de cabo ardido e 45.000 postes destruídos", a empresa "reafirma o seu compromisso, esforço e determinação no serviço fixo de comunicações nos locais afectados, tendo levado a cabo um trabalho de que muito se orgulha com a reposição das infra-estruturas da rede central, rede móvel e TDT [televisão digital terrestre] na zona geográfica de incidência dos incêndios". "Em simultâneo, está a ser reposta uma parte significativa da rede de cobre ardida por uma nova rede de fibra óptica nas zonas mais afectadas".

Sobre a reposição dos serviços de comunicações após incêndios do ano passado, a dona da Meo "reforça que, neste momento, 100% da rede de comunicações está reconstruída e a totalidade dos concelhos afectados tem mais de 99,2% das suas comunicações repostas, sendo de salientar a incapacidade de chegar ao contacto com vários clientes destas zonas, por se tratarem de casas sazonais ou de fim-de-semana, desabitadas durante largos períodos do ano".

No documento lê-se que "mais de 1000 quilómetros de rede de cobre foram substituídos por fibra óptica, em mais de 30 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu e Leiria" e que a maioria destas regiões "ficará com cobertura de fibra superior a 50%, permitindo que as populações tenham acesso a mais e melhores serviços e produtos de telecomunicações".

A empresa que comprou a PT Portugal há mais de dois anos acrescenta que "mantém, há várias semanas, um último trabalho conjunto de balanço com todos autarcas" das zonas do país afectadas, "no sentido de aferir qualquer anomalia constatada ou situações de expansão do serviço de rede, com equipas prontas para intervir em menos de 24 horas".

Além disso, "a Altice Portugal encontra-se, neste momento, já na fase de contacto directo aos clientes como forma de monitorizar e confirmar o correcto funcionamento dos serviços, bem como o sucesso das operações de migração tecnológicas", acrescenta, apontando que estiveram envolvidos nas operações mais de 800 profissionais da empresa.

Sobre o SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, no documento entregue na Assembleia da República, a empresa reitera que "detém apenas uma posição minoritária na estrutura societária constituída para o efeito", afirmando "categoricamente que cumpriu integralmente e de forma escrupulosa todos os SLA [acordo de níveis de serviço] contratados com a SIRESP SA".

A dona da Meo recorda que "a SIRESP SA adjudicou à Altice Portugal em Janeiro último a implementação das redundâncias da rede de transmissão via satélite e da redundância de energia, temas que vinham a ser discutidos e alvo de propostas concretas desde Agosto de 2017".

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