Governo admite reavaliar apoios para lesados do 15 de Outubro

Membros da associação de vítimas dos incêndios de Outubro estiveram reunidos nesta sexta-feira com o primeiro-ministro, que se mostrou aberto a rever alguns apoios.

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Associação dos incêndios de Outubro quer alargar apoios para empresas Adriano Miranda

Durante duas horas e meia, António Costa conversou nesta sexta-feira com os membros da associação de vítimas dos incêndios de 15 de Outubro e mostrou-se disponível para reavaliar alguns apoios que estão a ser concedidos pelos Estado. Luís Lagos, presidente da associação, conta que o primeiro-ministro deixou a porta aberta para novas conversas e para alterar algumas medidas.

"Saímos com dois sentimentos: queremos saudar o facto de sair um compromisso para o diálogo e um sentimento de expectativa" na resolução de "duas questões relacionadas com o apoio à agricultura e à indústria", disse ao PÚBLICO Luís Lagos.

No caso das agricultura, a associação quer as mesmas condições que foram dadas por causa dos incêndios de Pedrógão Grande e, no que toca às empresas, a associação pede que o Governo aumente o limite máximo de prejuízos a ressarcir. Em causa estão empresas que tiveram prejuízos acima de 400 mil euros e que por esse facto estão excluídas de qualquer apoio. "Pedimos para não ter limite. São empresas estratégicas para a região", acrescenta o representante das vítimas.

Sobre estes dois aspectos, Luís Lagos garante que teve abertura, e não promessas, quer do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que também estava presente na reunião, quer do primeiro-ministro.

Já sobre as casas de segunda habitação, a abertura foi menor. Luís Lagos diz que pediu ao Governo algum tipo de apoio para estas habitações que têm "um efeito importante na ocupação do território". "Pareceu-nos sensibilizado, mas disse que neste momento o país não pode chegar a tudo".

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