Matosinhos cria bairro inteligente com tecnologias de descarbonização da cidade

O bairro será criado na área entre a Rua de Goa e a Rua Conde Alto Mearim.

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Dato Daraselia

Matosinhos vai criar um bairro "inteligente, de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado", onde serão testadas e postas em prática, em contexto real, soluções tecnológicas orientadas para a descarbonização da cidade, adiantou nesta sexta-feira a câmara.

Candeeiros que medem emissões de carbono, um sistema de partilha de bicicletas ligada ao sistema de transportes públicos ou uma casa coberta de painéis solares que acompanham o movimento do sol e que armazena energia serão algumas das inovações que serão implementadas, refere a autarquia em comunicado.

Entre estas tecnologias que serão testadas neste bairro inteligente, a criar na área entre a Rua de Goa e a Rua Conde Alto Mearim, conta-se ainda um carregador rápido de veículos elétricos, uma rede de cacifos electrónicos para bicicletas, soluções de pagamento de estacionamento de suporte ao comércio local, informação em tempo real do tempo de espera dos transportes públicos, iluminação pública gerida por sensores ambientais e um robot aspirador de folhas, acrescentou.

A câmara avançou estar ainda prevista a electrificação dos veículos da frota municipal e dos veículos de serviços regulados pelo município (transportes públicos, táxis e veículos de turismo).

Este bairro inteligente surge no âmbito do projecto "Living Lab" de Matosinhos, que passou à segunda fase do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização e cuja implementação foi selecionada para financiamento pelo Ministério do Ambiente, sustentou.

O financiamento, de 500 mil euros, prevê um prazo de implementação e validação de soluções de até um ano, porém os parceiros do "Living Lab", que são mais de 18, concordaram em alargar a adopção destas soluções até três anos, asseverou.

O projecto, desenvolvido em parceria pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), terá impacto em áreas como a mobilidade, energia, ambiente, urbanismo e conectividade.

Os principais objectivos são reduzir as emissões de carbono e a intensidade carbónica das actividades que se desenvolvem na cidade, diminuindo o consumo de energia e promovendo a mobilidade urbana sustentável, explicou a autarquia.

Promover o empreendedorismo e a criação de negócios associados a soluções de baixo carbono é outro dos propósitos, ressalvou.

As tecnologias testadas no âmbito do "Living Lab" poderão, depois, ser alargadas ao restante espaço urbano, sendo os cidadãos envolvidos na criação e experimentação de tecnologias mais limpas e inteligentes.

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