Cinco pessoas continuam internadas devido ao surto na Cuf Descobertas

Surto está estabilizado. Últimos utentes diagnosticados iniciaram sintomas há uma semana.

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As autoridades de saúde apontavam, na semana passada, para que a bactéria se tenha desenvolvido no sistema de água do hospital Miguel Madeira (Arquivo)

Das 15 infectados pelo surto de Legionella com origem no hospital da Cuf Descobertas, em Lisboa, nove já tiveram alta (um dos quais nem chegou a ser internado). Cinco pessoas permanecem internadas, três das quais em unidades de cuidados intensivos, informou a Direcção-Geral da Saúde (DGS) no mais recente balanço sobre o surto.

Os infectados, nove mulheres e seis homens, têm na sua maioria (13) mais de 50 anos. Desde sexta-feira que não são detectados novos casos. E, nota a DGS no comunicado desta terça-feira, os últimos dois casos confirmados trataram-se de utentes que começaram a apresentar sintomas há precisamente uma semana, no dia 30 de Janeiro.

Também nesse dia o Bloco de Esquerda entregou no Parlamento um requerimento a pedir a audição “com carácter de urgência” da directora-geral da Saúde, Graça Freitas.

As últimas conclusões divulgadas pelas autoridades de saúde, na semana passada, apontavam para que a bactéria Legionella se tenha desenvolvido no sistema de água do hospital privado, no Parque das Nações. Os chuveiros são a fonte de emissão mais provável.

Este é o segundo surto hospitalar da doença dos legionários no espaço de três meses, depois daquele que afectou o hospital S. Francisco Xavier, também em Lisboa, em Novembro do ano passado e que causou a morte a cinco pessoas. Criado na sequência desse surto, arranca este mês o Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental da Legionella, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), que visa garantir vigilância mais apertada aos hospitais públicos.

No âmbito deste plano de vigilância, o Insa vai “para o terreno fazer colheitas de avaliação”. O seu responsável, Fernando Almeida, espera que seja possível “percorrer todos os hospitais da rede pública até ao final do ano” e talvez alguns privados.

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