O outro magnata do espaço

Bezos gasta mil milhões de dólares por ano na Blue Origin.

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O fundador da Amazon é hoje o homem mais rico do mundo Reuters/LINDSEY WASSON

Jeff Bezos é outro milionário da tecnologia interessado em foguetões. Continua a ter como principal ocupação dirigir a gigantesca Amazon, que fez dele o homem mais rico do mundo. Mas tem gasto muitos milhões na Blue Origin, uma empresa com a qual espera fazer um negócio de turismo espacial e impulsionar a criação de colónias na órbita terrestre. No ano passado, revelou que vendia todos os anos mil milhões de dólares em acções da Amazon para financiar este projecto.

A Blue Origin foi fundada em 2000. O nome é uma referência ao planeta Terra como ponto de partida. Mas, se Elon Musk quer chegar a Marte, Bezos parece contente em ficar mais perto da Terra. Por ora, todos os lançamentos da empresa ficaram aquém da órbita terrestre, embora tenha planos para construir, até 2020, o New Glenn, um foguetão que será capaz de pôr uma cápsula em órbita. A abordagem é semelhante à da SpaceX: reutilizar os foguetões, embaratecendo assim os custos exorbitantes da exploração espacial, uma actividade que em tempos esteve reservada às agências governamentais financiadas pelos cofres dos respectivos Estados.

Bezos vê na corrida ao espaço uma oportunidade semelhante ao que aconteceu com a Internet nas últimas décadas, quando surgiram múltiplos novos negócios que acabaram por transformar empreendedores tecnológicos em multimilionários. “Se pudermos fazer com que o acesso ao espaço seja de custo reduzido, os empreendedores vão aparecer”, disse Bezos uma vez ao jornal The New York Times. “Vamos ver a criatividade, vamos ver o dinamismo, vamos ver no espaço o mesmo a que assistimos na Internet nos últimos 20 anos.” J.P.P.

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