Marcelo recebe Rui Rio imediatamente após o congresso do PSD

Só quando passar de líder eleito a líder efectivo é que Rui Rio vai a Belém.

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Rui Gaudêncio
Arménio Carlos, da CGTP,  foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa...
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Arménio Carlos, da CGTP, foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa... MÁRIO CRUZ/LUSA
...tal como Carlos Silva, da UGT
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...tal como Carlos Silva, da UGT MÁRIO CRUZ/LUSA

Rui Rio será recebido no Palácio de Belém, naquela que será a primeira reunião institucional com o Presidente da República, na segunda-feira após o congresso do PSD, a 19 de Fevereiro. Marcelo Rebelo de Sousa só se sentará com Rio quando Pedro Passos Coelho e a sua equipa deixarem formalmente a liderança do partido. E há uma janela de tempo muito curta para o encontro acontecer, já que Marcelo parte para uma visita oficial a São Tomé e Príncipe no próprio dia 19, só regressando a 22 de Fevereiro.

Marcelo reúne-se com Rio antes de embarcar, mas depois de receber os partidos com assento na Assembleia da República, o que está previsto para os próximos dias. O Presidente tem estado a ouvir os parceiros sociais nos últimos tempos. As audiências começaram com a Confederação do Turismo Português e com a Confederação dos Agricultores de Portugal, no dia 31 de Janeiro, e terminaram esta segunda-feira, com as duas centrais sindicais: a UGT e a CGTP.

Segundo o secretário-geral, Arménio Carlos, o que a CGTP foi comunicar ao Presidente da República foi que entende que este é o momento para revogar as leis laborais introduzidas na sequência do programa da troika. À saída, em declarações ao jornalistas, Arménio Carlos disse acreditar que o Governo ainda venha a apresentar uma "proposta mais ampla" de revisão do Código do Trabalho, de acordo com o diagnóstico de desequilíbrio das relações laborais e do aumento da pobreza laboral feito pelo próprio executivo em documentos como o Livro Verde das Relações de Trabalho.

Já o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, aproveitou o contacto com a comunicação social, no final do encontro com Marcelo, para anunciar que vai pedir uma reunião com a administração da Autoeuropa e que o sindicato afecto a estacentral sindical, Sindel, apresentará uma proposta de acordo de empresa. Na audiência com o Presidente, Carlos Silva reiterou a proposta de fixar em 615 euros o salário mínimo nacional, insistindo que "é fundamental que a concertação social funcione" e que se proceda a "alterações cirúrgicas" à legislação laboral, incidindo no banco de horas, trabalho suplementar e nocturno.

Após as reuniões, Marcelo presidiu a uma reunião de trabalho sobre a Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, um tema que tem estado na sua agenda quase em permanência.

No intervalo entre reuniões, o Presidente emitiu uma nota para dar os parabéns ao chef português José Avillez, que nesta segunda-feira recebeu uma distinção internacional. “Este é mais um exemplo de que, quando somos bons, somos mesmo os melhores! Com a atribuição por unanimidade, pela Academia Internacional de Gastronomia, esta manhã em Paris, do Grand Prix de l’Art de la Cuisine ao chef José Avillez, fica uma vez mais patente a qualidade e a excelência dos profissionais portugueses”, escreveu o Presidente. “Um reconhecimento internacional depois do aplauso já conquistado em termos nacionais, estão de parabéns os portugueses, está de parabéns o chef José Avillez”.

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