Alunos do 3.º ciclo e secundário chamados a decidir como aplicar verbas

O objectivo é que escolham proposta para melhorar a escola em que estudam.

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No ano passado, foram apresentadas quase 5000 propostas – e houve 95% de escolas a participar na iniciativa Daniel Rocha

A segunda edição do Orçamento Participativo das Escolas (OPE), uma iniciativa que permite aos estudantes do 3.º ciclo e do ensino secundário decidirem como aplicar as verbas nas suas escolas, vai ser lançada na terça-feira.

No âmbito do OPE, o Ministério da Educação transfere para cada estabelecimento de ensino público uma verba extra de um euro por aluno (sendo 500 euros o valor mínimo), que será usada e trabalhada exclusivamente pelos estudantes.

Os alunos são desafiados a terem ideias, fazerem campanha junto dos colegas e depois votarem, por altura do Dia do Estudante – celebrado em Portugal a 24 de Março –, naquela que considerem ser a proposta que mais pode contribuir para melhorar a escola onde estudam.

O OPE será lançado na terça-feira na Escola Padre António Viera, em Lisboa, numa sessão de apresentação e respectiva discussão de ideias, semelhante ao que acontecerá por todo o país durante o mês de Fevereiro.

Os trabalhos desta "assembleia", em que serão conhecidas as propostas dos alunos desta escola lisboeta, vão ser conduzidos pelo ministro da Educação, que assumirá o papel de "presidente".

Este ano o Ministério da Educação desafiou algumas escolas a desenvolverem o material gráfico do OPEscolas, sendo o novo logótipo, o cartaz distribuído pelas escolas e o vídeo de apresentação da edição 2018 fruto da criatividade dos alunos.

O objectivo do Orçamento Participativo das Escolas é incentivar a capacidade de tomar decisões, compreender o funcionamento das instituições democráticas e dos sistemas de votação, apelar ao espírito crítico de cidadania e participação, bem como proporcionar momentos de debate entre estudantes do 7.º ao 12.º anos.

Em 2017, o OPE abrangeu mais de meio milhão de alunos que, segundo o Ministério da Educação, apresentaram quase cinco mil propostas, tendo cerca de 95% das escolas participado nesta iniciativa.

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