Assunção Cristas acusa Governo de Costa de ter "pouca inteligência"

Líder do CDS-PP referia-se ao facto de o executivo socialista não dar atenção à área da Defesa Nacional.

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Cristas criticou o Governo na Batalha, durante um jantar LUSA/Paulo Cunha

No dia em que se soube que os chefes das Forças Armadas fizeram um protesto formal ao Governo para exigir mais efectivos, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, disse que o facto de o Governo não dar atenção à área da Defesa é um sinal de "muito pouca inteligência".

"Depois de Pedrógão e depois de Tancos, ver um Governo mais uma vez não dar atenção a estas áreas já nem é um sinal de desleixo, é um sinal de muito pouca inteligência", afirmou Assunção Cristas na Batalha, num jantar da tomada de posse dos órgãos distritais do CDS-PP Leiria.

Assunção Cristas adiantou que o CDS-PP é uma alternativa a um Governo que "não está preocupado" nem "aprendeu nada" com a "segurança de pessoas e bens".

Considerando que o protesto é grave, a líder do CDS-PP lembrou que se trata de funções "básicas do Estado, que estão antes de todas as outras e que se falham, como infelizmente falharam no Verão passado, põem a nu o que é a fragilidade de um Estado", que fica "de repente despido das suas condições de existência, que é proteger o seu território e a sua população".

Para Assunção Cristas esta situação "não é admissível", pelo que, recordou, o CDS-PP "já fez saber que chamará ao Parlamento quer o senhor ministro quer o general CEMGFA [Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas] para perceber o que falta, onde falta, como falta e como é que isto deve ser colmatado".

Segundo Assunção Cristas, o Governo "não diz que para atingir as tais metas do défice é preciso sacrificar alguma coisa" e "é preciso sacrificar muitas vezes o que tem a ver com o bem-estar diário dos portugueses".

Assunção Cristas revelou ainda que tem um "compromisso pessoal" que tem cumprido "religiosamente" de ir a cada dois meses à região mais afectada pelos fogos e pela tragédia de Junho passado, Pedrógão Grande. "Essas visitas não são apenas para cumprir calendário. São para ouvir as pessoas, aquilo que dizem e sentem que chegam muito tarde ou nem sequer chegam a Lisboa", referiu.

A presidente do CDS-PP abordou ainda as eleições legislativas de 2019, dizendo que a grande questão já "não é quem ganha". "Interessa saber quem é que no conjunto dos deputados, das forças políticas, soma 116 deputados. Não vejo por que não possamos criar um bloco de centro direita e constituir esses 116 deputados."

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