Spice Girls voltam a trabalhar juntas — mas não parece haver nova música nem actuações

As cinco britânicas estiveram reunidas e admitem explorar "novas oportunidades". Mas esta reunião não terá os contornos que alguns fãs poderiam mesmo, mesmo querer.

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As Spice Girls, a maior girl band dos anos 1990 e um dos fenómenos musicais mais rentáveis das últimas décadas, vão voltar a trabalhar em conjunto. A notícia foi dada pelas próprias, num comunicado conjunto que se seguiu a uma reunião profusamente documentada nas redes sociais pelas próprias cinco cantoras durante o dia de sexta-feira. Esta reunião, porém, não terá os contornos que alguns fãs poderiam mesmo, mesmo querer — não parece haver planos para concertos nem nova música.

“Parece a altura certa para explorarmos juntas algumas novas e incríveis oportunidades”, disseram as artistas numa nota partilhada no Twitter. “Tivemos uma tarde maravilhosa a pôr a conversa em dia e a recordar as coisas espantosas que vivemos juntas”, diz o comunicado tornado público ao final do dia de sexta-feira. “Ficamos sempre emocionadas com a quantidade de interesse nas Spice Girls que existe em todo o mundo”.

Mantendo o discurso vago depois de muitas fotografias sorridentes e imagens de estrelas em trânsito nas lentes dos paparazzi comunicadas na sexta-feira, as cinco artistas dizem ter concordado que há “muitas possibilidades excitantes que mais uma vez vão abarcar a essência original das Spice Girls, ao mesmo tempo que reforçam a nossa mensagem de empoderamento feminino para as gerações futuras”.

Conhecidas como Posh (Victoria Beckham, agora designer de moda), Ginger (Geri Horner, escritora e jurada de concursos televisivos), Baby (Emma Bunton, actualmente radialista), Scary (Melanie Brown, estrela de reality TV e jurada de concursos de música) e Sporty (Melanie Chisholm, que continuou uma carreira a solo), as cinco mulheres estiveram reunidas com o seu antigo manager, Simon Fuller, em Hertfordshire, no sul de Inglaterra, na casa de Horner. Curtos vídeos, fotografias em pose, imagens com Fuller e lembretes dos feitos e estatísticas da sua carreira foram sendo partilhados nas redes sociais das Spice Girls – 85 milhões de discos vendidos, “álbum mais vendido [de sempre] de um grupo feminino”, “digressão mais rentável de sempre de um grupo feminino”, “grupo que mais rapidamente vendeu desde os Beatles” – eram acompanhados do lema do grupo, “Girl Power”, agora em sintomática versão hashtag.

Entretanto, também na sexta-feira, tanto o tablóide The Sun quanto o diário The Guardian esclareceram que este “regresso” é apenas um acordo para actividades promocionais e não incluirá nem actuações nem nova música. De acordo com os dois jornais, cada uma delas assinou um acordo no valor individual de 10 milhões de libras (11,3 milhões de euros) que poderá incluir fazer televisão na China, um novo concurso de talentos, uma compilação dos seus êxitos e vários tipos de cedência de direitos e nomes em produtos.

Já em Novembro do ano passado, Victoria Beckham, a Spice Girl com mais visibilidade e sucesso profissional posterior ao grupo, tinha sido clara: uma reunião e uma digressão “não vai acontecer. A certa altura temos de saber quando chega o momento. Acho que não vou enfiar-me num macacão justo de PVC nos próximos tempos”. De acordo com a imprensa britânica, um detalhe foi firmado – Victoria Beckham não terá de cantar.  

As Spice Girls nasceram em 1996 e tiveram uma carreira meteórica que se expandiu em digressões mundiais e até um filme. O seu fim oficial foi em Dezembro de 2000, já sem Geri Horner (então Geri Halliwell). Em 2007 reuniram-se para uma digressão mundial e em 2012 para actuar na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres.

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