Juíza da Relação também terá ficado com dinheiro de origem ilícita

Fátima Galante é igualmente suspeita de escrever vários acórdãos para Rui Rangel, de quem está separada há anos.

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Rui Rangel e Fátima Galante deverão ser ouvidos no Supremo a 8 e 9 deste mês Rui Gaudêncio (arquivo)

A juíza do Tribunal da Relação de Lisboa, Fátima Galante, também terá ficado com dinheiro de origem ilícita pago ao seu antigo companheiro, Rui Rangel, com quem ainda se mantém formalmente casada. A magistrada que, para já, apenas é suspeita de branqueamento de capitais ajudaria Rangel a dissimular a proveniência ilícita do dinheiro, mas terá ficado com uma parte das centenas de milhares de euros que chegaram às mãos do marido ao longo dos últimos anos.

Além de ajudar Rangel a “lavar” o dinheiro sujo, a magistrada também faria os acórdãos do marido, o que pode configurar um crime de falsificação de documento. Foi por isso que o seu gabinete do Tribunal da Relação de Lisboa foi alvo de buscas e o disco duro do seu computador de trabalho foi copiado, uma diligência acompanhada presencialmente pelo juiz de instrução deste caso, o juiz-conselheiro Pires da Graça. O mesmo aconteceu com o computador de Rangel na Relação e com o equipamento usado pelo oficial de justiça da mesma secção criminal onde estava colocado o desembargador, que foi detido no âmbito desta operação.

Os investigadores deslocaram-se igualmente a casa da magistrada, um valioso apartamento na Expo, em Lisboa, onde realizaram buscas. Também alvo de buscas foi o apartamento de Rangel, localizado num condomínio de luxo com vista para o rio Tejo, em Oeiras. No mesmo condomínio vive o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que é arguido neste caso por alegadamente ter pedido, a troco de contrapartidas, a intervenção do juiz num processo fiscal em que contesta o pagamento de 1,6 milhões de euros ao fisco.

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