Câmara dispensa Governo e paga sozinha obras da Variante Norte

Obras de acesso rodoviário à cidade ficaram paradas numa rotunda sem saída. Falta acabar um troço de estrada com 1,7 quilómetros.

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Vítor Aleixo
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Vítor Aleixo Rui Gaudencio

A câmara de Loulé decidiu avançar sozinha para a conclusão da Variante Norte à cidade, substituindo-se ao Governo numa obra que era da responsabilidade da administração central. “Felizmente encontrámos a solução e podemos dizer que não precisamos do dinheiro da administração central”, afirmou o presidente do município, Vítor Aleixo, lamentando o facto de ter estado seis anos à espera que a Infra-estruturas de Portugal desbloqueasse o projecto.

A recta final desta via, que liga Loulé a São Brás de Alportel numa distância de 1,7 quilómetros, vai custar 3,4 milhões de euros, suportados na totalidade pela autarquia. O Governo realizou cerca de dois terços da via mas depois faltou a verba para concluir o troço final. O secretário de Estado das Infra-estruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, reconheceu que a intervenção do município “vai ter um efeito determinante, a vários níveis, na melhoria da rede rodoviária do concelho”, que ocupa na região uma posição central.

Vítor Aleixo aproveitou  as comemorações do dia da cidade, nesta quinta-feira, para apresentar um conjunto de projectos relacionados com a mobilidade baseados numa estratégia regional que passa pela aproximação entre Faro e Loulé, tendo como âncora o estádio do Algarve/Parque das Cidades. Por seu lado, Guilherme d’Oliveira Martins reafirmou que até final do ano está concretizado o projecto de electrificação da linha férrea do Algarve e será lançada a empreitada, mas não se comprometeu com datas para concretizar o projecto de requalificação da Estrada Nacional (EN) 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António.

Em resposta às reclamações do município louletano, o governante assinou com a autarquia um protocolo, através do qual a Estrada Nacional (EN) 270 - no troço entre Boliqueime e o limite do concelho com São Brás de Alportel - passa da empresa Infra-estruturas de Portugal (IP) para a responsabilidade da autarquia. Assim, ficou do lado da câmara a concretização da Variante Norte. “Não podíamos esperar mais”, disse Vítor Aleixo, referindo-se às pressões públicas para acabar uma estrada que termina numa rotunda. A continuação da avenida Atlântico, à entrada de Quarteira, é outra das obras em fase de projecto, prevendo-se que chegue até à entrada do empreendimento turístico Vilasol.

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