Prémio Correntes d'Escritas já tem 14 finalistas

O festival literário da Póvoa de Varzim abre no dia 21 de Fevereiro com o anúncio do prémio principal, que este ano irá para a ficção. A conferência inaugural desta 19.ª edição caberá ao escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão.

Foto
Ignácio de Loyola Brandão

A 19.ª edição do festival Corrente d’Escritas inicia-se no próximo dia 21 de Fevereiro na Póvoa de Varzim com o anúncio do vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa – foram divulgados esta quarta-feira os 14 finalistas –, e a habitual conferência inaugural, confiada ao escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, e que será na verdade uma palestra-concerto, com o autor a fazer-se acompanhar pelo músico Edson Alves e pela cantora Rita Gullo, sua filha, com quem vem apresentando há anos Solidão no Fundo da Agulha, um livro que se transformou num espectáculo. 

Depois de Armando Silva Carvalho ter recebido o prémio Casino da Póvoa em 2017, poucos meses antes de morrer, pelo volume de poemas A Sombra do Mar, o principal galardão do Correntes d’Escritas cumprirá a tradicional regra de alternância de géneros literários e será atribuído em 2018 a um livro de ficção. Fernando Pinto do Amaral, José Mário Silva, Maria de Lurdes Sampaio, Teresa Martins Marques e Javier Rioyo, director do Instituto Cervantes em Lisboa, compõem o júri que terá de escolher o vencedor entre os 14 títulos que chegaram à final.

A short list é extensa e contempla escritores de várias gerações e nacionalidades: Rentes de Carvalho, com O Meças, Jaime Rocha (Escola de Náufragos), Ana Teresa Pereira (Karen, vencedor do prémio Oceanos), Isabela de Figueiredo (A Gorda), Bruno Vieira Amaral (Hoje Estarás Comigo no Paraíso), Ana Margarida de Carvalho (Não se Pode Morar nos Olhos de Um Gato, vencedor do Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores), João Ricardo Pedro (Um Postal de Detroit), Djaimilia Pereira de Almeida (Esse Cabelo), João Pedro Porto (A Brecha), o moçambicano João Paulo Borges Coelho (Água), o brasileiro Julián Fuks (A Resistência), os espanhóis Enrique Vila-Matas (Marienbad Eléctrico) e Juan Marsé (Essa Puta tão Distinta) e o colombiano Juan Gabriel Vásquez, com A Forma das Ruínas.

Como tem acontecido nas últimas edições, o cenário da sessão oficial de abertura, no dia 21, será o Casino da Póvoa, e o festival propriamente dito decorrerá depois, até dia 24, no Cine-Teatro Garrett, com uma programação que inclui, entre muitas outras actividades, dez mesas-redondas.  A primeira está marcada logo para o dia da inauguração, às 17h30, e reunirá os poetas e ensaístas Ana Luísa Amaral e Fernando Pinto do Amaral, a poetisa Filipa Leal, a jornalista e escritora Maria Antónia Palla e  o poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, vencedor do Prémio Camões, numa conversa que terá como mote “Hoje são estas as palavras, amanhã não sei”.

Entre os intervenientes nestas mesas-redondas, cujos tópicos deliberadamente desconcertantes, provocatórios ou paradoxais são já uma marca do festival, contam-se autores (muitos deles presenças habituais no Correntes d’Escritas) como Mário Zambujal, Onésimo Teotónio Almeida, Luís Sepúlveda, Miguel Real, Ana Margarida de Carvalho, Afonso Cruz, Bruno Vieira Amaral, Rodrigo Guedes de Carvalho, Valério Romão, João Tordo, Isabel Rio Novo, Kalaf Epalanga, Isabel Lucas ou os poetas Uberto Stabile, José Luiz Tavares e Daniel Jonas. 

Sugerir correcção
Comentar