Rui Rio sobre Miguel Macedo: “A sua lógica foi sempre a do interesse público”

Novo líder do PSD prestou declarações no julgamento dos vistos gold como testemunha abonatória de arguido e colega de partido

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Miguel Macedo (esq.) à chegada ao tribunal, nesta terça-feira LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O recém-eleito líder do PSD, Rui Rio, foi ouvido esta manhã em tribunal como testemunha abonatória do antigo ministro Miguel Macedo, que responde no processo dos vistos gold por suspeitas dos crimes de tráfico de influências e prevaricação.

Num depoimento de cerca de dez minutos, o antigo presidente da Câmara do Porto defendeu o colega de partido, que conheceu no início dos anos 80, quando o agora suspeito liderava a JSD de Braga e Rui Rio dirigia a JSD do Porto.

“A minha percepção é que as suas acções sempre foram determinadas pelo interesse público”, declarou o novo líder do PSD. A sua lógica sempre foi a do interesse público”.

Rui Rio deu como exemplo o facto de Miguel Macedo se ter candidatado à presidência da Câmara de Braga numa altura em que o PSD não tinha qualquer hipótese de vencer o então autarca do PS, Mesquita Machado. “Não é qualquer pessoa que o faz”, observou Rio em tribunal. Interrogado pelo advogado de Miguel Macedo sobre se alguma vez alguém lhe tinha transmitido que o e antigo ministro andava a favorecer “este ou aquele interesse privado ou pessoal”, Rui Rio repetiu: “Não, não”.

“Embora nem sempre tenhamos estado do mesmo lado, sempre vi nele a rectidão necessária para ser meu amigo político”, acrescentou o antigo autarca do Porto. “O partido sabia que podia contar com o seu valor intelectual e com a sua seriedade”. 

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