Trump disse aos patrões europeus que toma uma aspirina por dia

Representantes das principais indústrias jantaram (e competiram pela atenção) com o Presidente dos EUA em Davos.

Foto
Reuters

Os patrões da indústria europeia superaram-se nos auto-elogios sobre os seus negócios com os Estados Unidos no jantar de quinta-feira com Donald Trump em Davos. Trump respondeu que gostava de elevadores alemães e toma uma aspirina por dia.

No jantar, que teve lugar durante o Fórum Económico Mundial, os patrões das principais empresas de petróleo, saúde e tecnologia descreveram as suas actividades nos EUA, rivalizando entre si na esperança de obter algum tipo de resposta positiva por parte do Presidente norte-americano.

Sentado à esquerda de Trump, Joe Kaeser, director executivo do grupo Siemens, abriu as hostilidades dizendo que a sua empresa estava bem posicionada nos Estados Unidos, onde emprega 56 mil trabalhadores. “E depois do seu êxito com a reforma fiscal, decidimos desenvolver uma nova geração de turbinas a gás nos Estados Unidos”, disse Kaeser, segundo a transcrição da conversa ao jantar e referindo-se ao corte nos impostos aprovado em Dezembro.

Trump, o primeiro Presidente dos EUA em exercício a participar no Fórum em 18 anos, respondeu que a notícia era “uma coisa em grande”. A seguir ouviu anúncios semelhantes dos patrões da Nestlé, Nokia, Volvo e Adidas.

Respondendo a comentários de Werner Baumann, presidente executivo da Bayer, que está em vias de adquirir a fabricante de sementes americana Monsanto, Trump disse que usa frequentemente um produto de um grupo de saúde alemão: a aspirina. “Tomo uma por dia... Até agora tem resultado”, disse Trump aos convidados. No grupo estavam também os presidentes executivos da SAP e Total. O jantar, já agora, consistiu em lombo grelhado com puré de ervilhas ou perca suíça com puré de cenoura roxa.

Trump deixou muitas empresas estrangeiras nervosas devido à sua agenda subordinada ao lema “América primeiro”, no âmbito da qual anunciou recentemente tarifas de importação para os telefones móveis e possíveis taxas para o aço. Apesar disso, as empresas continuam a investir, produzir e criar postos de trabalho na maior economia do mundo.

Heinrich Hiesinger, do conglomerado alemão de aço e engenharia Thyssenkrupp, disse que estava muito orgulhoso por a sua empresa ter fornecido todos os elevadores para o One World Trade Center, o edifício de escritórios erguido onde estavam as torres gémeas destruídas nos atentados de 2001.

Trump, que tem um edifício na 5.ª Avenida, a famosa Trump Tower, disse que conhece a marca: “Já usei o vosso produto, como sabe. Belo produto. Muito obrigada.”

Sugerir correcção
Ler 1 comentários