Maria Duarte inspirou-se nos caretos transmontanos e criou a Entrudo com os pais

Apesar de a ideia ter surgido em Janeiro de 2017, a marca já lançou duas coleccções que estão disponíveis para venda no Facebook e no Instagram.

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Maria Miguel Duarte e Susana Ribeiro DR
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Inspirados nos caretos que caracterizam o Carnaval transmontano, os sapatos da Entrudo e o próprio nome da marca fazem jus aquela tradição carnavalesca, avalia Maria Miguel Duarte, fundadora da marca de calçado.

Posta em prática com a ajuda da mãe, Susana Ribeiro, que “apesar de ter tirado o curso de estilismo não mantinha qualquer tipo de contacto com a área”, e com a ajuda do pai, Miguel Duarte, que é modelador de calçado, Maria contou que esta ideia de um projecto em família surgiu há precisamente um ano, em Janeiro de 2017.

“Não queríamos investir num projecto para criar calçado normal, queríamos algo que marcasse pela diferença. Queríamos que transmitisse a tradição portuguesa e, como a ideia surgiu numa altura próxima do Carnaval, inspiramo-nos nos caretos”, justifica a jovem neurofisiologista, acrescentando que a marca só foi lançada em Maio, em Felgueiras.

Além do gosto que a família nutre por esta tradição, Maria Miguel Duarte explica que os caretos "oferecem diversidade no processo criativo", já que os fatos são feitos através de vários materiais como a lã e a ráfia, e têm muita cor. “Os materiais utilizados também são 100% portugueses, Tanto a lã, como a ráfia, como a pele, estando esta última presente em todos os sapatos das duas colecções.”

Segundo a fundadora da marca, apesar de o pai ter um gabinete de modelagem, os sapatos são fabricados em Felgueiras, onde há “muitas fábricas de calçado”. Maria Miguel Duarte conta que não tem “jeito para o desenho”, por isso, quem desenha os sapatos é a mãe. 

Até agora foram lançadas duas colecções – de Primavera/Verão e outra de Outono/Inverno. Embora Maria Miguel Duarte tenha pensado que iria ser mais fácil conquistar o mercado, considera que o projecto está no bom caminho e que o facto de ainda não terem um espaço físico para vender os produtos também prejudica o negócio. “As pessoas perguntam-me onde é que podem ver pessoalmente e experimentar.”

Os pares de sapatos, botas, sandálias ou socas variam entre os 119 e os 149 euros. Para já, as propostas são só para mulheres, mas a marca está a pensar no mercado infantil. “Para já, é só uma ideia que ainda não foi posta em prática.”

A fundadora acrescenta que estes sapatos são criados a pensar em pessoas que gostam de arriscar e que gostam de marcar pela diferença, já que são um pouco mais extravagantes devido aos adereços e às cores. “Achei que se iam vender mais para mulheres mais jovens, no entanto, acabei por perceber que são comprados por pessoas de diferentes idades. Pergunto sempre às pessoas se gostam e se são confortáveis e até agora as opiniões são todas positivas.”

Apesar de disponibilizarem os produtos apenas para o mercado nacional e de só puderem ser adquiridos através do Facebook e do Instagram, a Maria Manuel Duarte explica que pretendem lançar uma loja online, brevemente, e vender o calçado em algumas boutiques e sapatarias “alternativas”. “Para já só vendemos em Portugal, mas queremos vir a disponibilizar os produtos no estrangeiro, já que lá fora as pessoas acham muita piada às tradições portuguesas.”

Texto editado por Bárbara Wong

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