BCP acusado de falhas no combate ao branqueamento em 2012

O Banco de Portugal considera que o BCP não cumpriu medidas de combate ao branqueamento de capitais e abriu um processo contra-ordenacional.

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Nuno Amado, presidente do BCP LUSA/ANDRE KOSTERS

O Banco de Portugal acusou o Banco Comercial Português (BCP) por alegadas falhas no cumprimento de medidas que visam o combate ao branqueamento de capitais. A acusação data a 28 de Julho do ano passado e é noticiada nesta quarta-feira pelo Jornal de Negócios.

De acordo com o jornal, em causa estão eventuais falhas registadas em 2012. “A 28 de Julho de 2017, o BCP foi notificado pelo Banco de Portugal de uma acusação, através de um procedimento administrativo, relacionado com a alegada violação de alguns procedimentos de combate a branqueamento de capitais, relativamente a medidas adicionais de “due delligence” aos clientes e monotorização e acompanhamento de operações”, escreveu o banco num prospecto de emissão de dívida de Novembro e agora citado pelo Jornal de Negócios.

Neste momento decorre a fase de instrução e até Junho deverá haver uma decisão final que resultará na condenação ou no arquivamento por parte do regulador.

Todos os bancos estão obrigados por lei e regulamentação própria a regras de acompanhamento específico para a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. É o próprio BCP que num prospecto de emissão de dívida citado assume que o não cumprimento com as regras de branqueamento de capitais “pode ter graves consequências, incluindo efeitos legais e reputacionais adversos e também consequências na relação do banco com os seus clientes, parceiros, fornecedores e outras terceiras partes”.

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