Mais de 500 profissionais de saúde queixaram-se de violência em 2017

A maior parte dos casos de violência registados na Direcção-Geral da Saúde entre Janeiro e Setembro de 2017 tem que ver com assédio moral.

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Rui Gaudêncio

Mais de 500 casos de incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros nove meses do ano passado, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde.

No terceiro trimestre de 2017, o sistema que regista os incidentes contra profissionais de saúde no local de trabalho tinha um total acumulado de 3130 notificações, desde 2007, quando foi criado.

Segundo os dados disponíveis no site da Direcção-Geral da Saúde (DGS), a grande maioria dos incidentes de violência contra profissionais de saúde é relativa a assédio moral (75%), seguindo-se a violência física (11%) e a violência verbal (8%).

Mais vítimas entre os enfermeiros

Em mais de metade das situações o agressor é o utente ou doente e o grupo profissional que mais é vítima de violência é o dos enfermeiros, seguido dos médicos e depois dos assistentes técnicos e dos assistentes operacionais.

Há ainda 22% dos incidentes de violência em que o agressor é um outro profissional de saúde e em 21% dos casos é o familiar do doente.

De acordo com os relatórios publicados no site da DGS, no final de 2016 havia 2625 notificações de incidentes de violência contra os profissionais de saúde, no final do primeiro trimestre de 2017 registavam-se 2804 e no final do terceiro trimestre do ano passado ultrapassaram-se as 3100 notificações.

Segundo os dados anuais discriminados que a DGS tem publicado, em 2015 tinham sido registados 582 incidentes relativos a violência contra profissionais de saúde no local de trabalho, em 2014 houve 531 e em 2013 foram notificados 202. 

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