“Um soutien da Triumph dura anos.” E os direitos dos trabalhadores?

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Por estes dias, o Conselho de Ministros terá recebido por correio uma caixa com uma peça de roupa interior. A mensagem não é irónica, nem tem nada de erótico: é um alerta para a situação dos cerca de 500 trabalhadores da Triumph e faz parte de uma campanha que pediu a mulheres que tirassem uma fotografia com lingerie e uma mensagem de solidariedade: "Exigimos respeito pelas trabalhadoras da Triumph", reclamam. À porta da fábrica, em Sacavém, os trabalhadores fizeram vigília e garantiram que dali ninguém sairia até que um administrador de insolvência fosse nomeado. Houve acampamento, dia e noite, pedidos de responsabilização do Governo. E a luta está para durar. Ao evento Encontro de Mulheres — marcado para os dias 10 e 11 de Maio com activistas do Porto, Lisboa, Braga e Vila Real — chegou um pedido de apoio a mais um momento de protesto, na manhã de terça-feira na fábrica de Sacavém. E o desafio foi aceite: "Como muitas de nós não podem juntar-se à acção fisicamente, a organização do encontro lançou uma campanha para as mulheres tirarem uma foto com uma mensagem de solidariedade", explicou ao P3 Patrícia Martins, uma das organizadoras do Encontro de Mulheres e membro da rede de activistas feministas Parar o Machismo| Construir a Igualdade. "Já a nossa mãe nos dizia, um soutien da Triumph dura anos. Pois é, mas nós também exigimos que os direitos das trabalhadoras durem anos", escrevem num dos posts do Instagram onde estão a ser usadas as hashtags #triumpharão e #vergonhatriumph.