Foi um Sérgio Conceição sem barba aquele que se apresentou à comunicação social para fazer a antecipação da meia-final da Taça da Liga, contra o Sporting, na quarta-feira. E para o técnico do FC Porto, não há motivação maior do que, em dois jogos, poder conquistar um título.

"Queremos fazer um bom jogo e passar à final, sabendo que vamos disputar um jogo contra uma equipa que tem feito uma excelente época e que, nas provas internas, ainda não perdeu, assim como nós. Vai ser um bom jogo, bem disputado, com muita vontade de ambas as partes de passar à final. No nosso balneário vive-se este momento com grande ambição e determinação", começou por afirmar Sérgio Conceição.

Na opinião do técnico dos "dragões", apesar de FC Porto e Sporting irem defrontar-se quatro vezes num curto período, o resultado não deverá ter consequências futuras nos respectivos plantéis. "Não quero acreditar que quem perder vai ficar condicionado com isso", explicou. E, no caso dos portistas, o facto de a quase totalidade dos jogadores não ter qualquer título conquistado ao serviço do clube, surge como um aliciante adicional para a partida desta quarta-feira, em Braga (20h45, RTP1): "Não há motivação maior do que saber que em dois jogos podermos conquistar um título."

Quanto aos elogios de Jorge Jesus, técnico que o chegou a treinar no Felgueiras, Sérgio Conceição preferiu não os valorizar em demasia: "Tive o prazer de trabalhar com Jorge Jesus há 20 e poucos anos. A minha carreira passou no ano seguinte para o FC Porto e em clubes fora de Portugal. Tenho a minha forma de estar e de ser que é diferente da do Jorge Jesus. Obviamente que reconheço nele um excelente profissional, que tem feito nos últimos anos um grandíssimo trabalho. Mas não é sinónimo que veja o futebol da mesma forma que ele vê. Jorge Jesus foi um dos treinadores que apanhei na minha longa carreira de jogador. Não me revejo em ninguém."