Orlando Figueira diz que vai prestar declarações

O ex-procurador do DCIAP reafirmou a sua inocência.

Julgamento da Operação Fizz vai ser um desfile de notáveis da Justiça RTP

O procurador Orlando Figueira, acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais e violação de segredo de justiça no âmbito da Operação Fizz, afirmou nesta segunda-feira à chegada ao tribunal que pretende prestar declarações e reafirmou a sua inocência.

À chegada ao Campus da Justiça, onde hoje começa este julgamento, que tem também como arguidos o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires, Orlando Figueira confirmou que a medida de coacção a que está sujeito só permite que possa falar com os familiares.

O pedido de separação de processo do ex-vice-presidente angolano, proposto pela defesa e recusado pelo Ministério Público, deverá ser uma das questões prévias a ser analisada pelo colectivo de juízes.

Manuel Vicente, que à data dos factos era presidente da Sonangol, é acusado de ter corrompido Orlando Figueira para que o então procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.

Manuel Vicente está acusado por corrupção activa em co-autoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais em co-autoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento com os mesmos arguidos.

O ex-procurador do DCIAP está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, o advogado Paulo Blanco por corrupção activa em co-autoria, branqueamento também em co-autoria, violação de segredo de justiça e falsificação documento em coautoria.

O empresário Armindo Pires, que o MP diz ser o "testa de ferro" de negócios de Manuel Vicente, vai responder em julgamento por corrupção activa em co-autoria com Paulo Blanco e Manuel Vicente, branqueamento de capitais em co-autoria com Manuel Vicente, Paulo Blanco e Orlando Figueira e falsificação de documento com co-autoria com os mesmos.

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