Puigdemont é o candidato a presidente da Catalunha e corre risco de ser preso

Pela primeira vez em 80 dias saiu de Bruxelas, para ir à Dinamarca, e Madrid quer reactivar mandado de captura internacional.

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Puigdemont chegou acompanhado por um empresário e amigo LUSA/Tariq Mikkel Khan

Carles Puigdemont, o ex-presidente do governo regional da Catalunha auto-exilado em Bruxelas, voou para a capital da Dinamarca esta segunda-feira, para participar num debate sobre a Catalunha, organizado pela Universidade de Copenhaga e o Ministério Público espanhol pediu ao Supremo Tribunal que fosse reactivado o mandado de captura internacional.

Puigdemont foi avisado pela Justiça de que, se saísse de Bruxelas, seria emitido um mandado europeu de detenção, pelos crimes de "rebelião e sedição". Mas ainda assim decidiu voar às 6h55 com destino à Dinamarca, no mesmo dia em que  o novo presidente do parlamento regional catalão, Roger Torrent, propôs o seu nome como candidato ao debate de investidura do novo presidente, que se realizará a 31 de Jabeiro.

Jaume Alonso-Cuevillas, advogado de Puigdemont, admitiu que o risco de detenção “é bastante alto”.

O que leva Puigdemont a arriscar ser preso? O homem que quer voltar a liderar o governo regional irá marcar presença num colóquio do departamento de Ciências Políticas da Universidade de Copenhaga sobre o processo independentista da Catalunha. Na Dinamarca, são as Ilhas Feroé que este ano, a 25 de Abril, votarão em referendo uma nova Constituição que poderá dar início à separação definitiva do arquipélago em relação à Dinamarca.

A activação do mandado europeu de detenção está a cargo do juiz Pablo Llarena do Supremo Tribunal espanhol. Escreve o La Vanguardia que poderá não se concretizar a tempo, uma vez que o político independentista prevê passar menos de 48 horas na capital dinamarquesa.

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