Sara e Tristana

Nasceram neste dia os meus amores, as minhas filhas.

Nasceram neste dia as minhas esperanças, as minhas esperanças pequeninas, os meus deslumbramentos. Nasceram neste dia os meus amores, as minhas filhas, a Sara e a Tristana.

Todas essas esperanças foram cumpridas e multiplicadas. Aconteceu tudo o que eu queria e muito do que eu pensava que não queria e, pensando bem, foi sempre bom, porque estivemos sempre juntos nos momentos em que precisámos uns dos outros para fazer frente, para lutar, para rir, para chorar, para o que desse e viesse estávamos prontos, continuamos prontos, desde que estejamos juntos nunca nada há-de ser tão mau como parece.

A Sara e a Tristana estão sempre a mudar das maneiras mais engraçadas. Adoro as atitudes delas. São diferentes uma da outra mas a força das atitudes é a mesma: ai de quem tentar modulá-las. Escrevo isto com um grande sorriso na boca só com a ideia de alguém tentar mudá-las.

Já elas, em contrapartida, estão dispostas a mudar qualquer pessoa que precise.  Nem é preciso pedir: o serviço vem incluido com o amor. Até esta contradição me pôe bem disposto, apesar de ser um mal de família, historicamente insolúvel.

Felizes aniversários, Sara e Tristana tão queridas e adoradas! Lembro-me da neve em Manchester no nosso primeiro dia 21 de Janeiro. Ainda não sabia se iam sobreviver. O que eu jurei a Deus para que sobrevivessem. Jurei que nunca me queixaria de nada. E nunca me queixei. Mas não me custou nada. Nunca foi preciso. A sorte que eu tive!

Sobreviveram - e de que maneira. Obrigado, meus amores!

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