Facebook vai dar prioridade aos media de confiança e serão os utilizadores a classificá-los

Nova medida serve para combater o “sensacionalismo” e a “desinformação”, anunciou nesta sexta-feira Mark Zuckerberg.

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Reuters/Dado Ruvic

O Facebook vai começar a dar prioridade a órgãos de comunicação social de confiança na rede social para combater o “sensacionalismo” e a “desinformação”, anunciou nesta sexta-feira Mark Zuckerberg, fundador e presidente da empresa.

O Facebook, que tem mais de dois mil milhões de utilizadores mensais, refere que vai utilizar inquéritos para determinar estes rankings de confiança. Além disso, irá colocar ênfase nas fontes de notícias locais.

Esta alteração é susceptível de originar algumas ondas de choque no sector da comunicação social em quase todos os países onde funciona o Facebook, dada a omnipresença da maior rede social do mundo e a forma como se tornou central na distribuição de notícias, refere a Reuters.

A revelação foi feita por Zuckerberg numa publicação no Facebook, em que afirmou que a medida vai começar a ser aplicada a partir da próxima semana, dando assim prioridade a “notícias de alta qualidade” em vez de fontes menos credíveis.

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“Existe demasiado sensacionalismo, desinformação e polarização no mundo actualmente”, escreve Zuckerberg.  “As redes sociais permitem às pessoas espalharem informação mais depressa do que nunca, e, se não enfrentarmos estes problemas em específico, então acabamos a amplificá-los”, acrescentou.

Zuckerberg calcula ainda que a quantidade de notícias a aparecerem no Facebook irá diminuir em cerca de 20%, fazendo com que os conteúdos noticiosos passem a representar 4% dos conteúdos globais que circulam na rede social. Neste momento, representam 5%.

A empresa garante ainda que estes rankings não têm como objectivo atingir quaisquer grupos de comunicação específicos com base no seu tamanho ou ideologia. Zuckerberg diz que a ideia de desafiar os utilizadores a classificar os meios de comunicação surgiu depois de a empresa se ter recusado a realizar autonomamente essa classificação.

Além disso, explicou que o Facebook não pretende divulgar os resultados dos questionários, porque isso vai representar apenas uma parte do processo.

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