Trump tem uma "excelente saúde" e obteve nota máxima num teste cognitivo

Médico da Casa Branca garante que o Presidente "está e continuará de boa saúde até ao final" do seu mandato.

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O Presidente norte-americano comprometeu-se a rever os seus hábitos alimentares Reuters/CARLOS BARRIA

O Presidente norte-americano está “de excelente” saúde e “passa” no teste cognitivo, informou na terça-feira o médico da Casa Branca, Ronny Jackson, responsável pela condução de uma série de exames físicos e psicológicos a que Donald Trump foi sujeito.

"Não estou preocupado com as suas capacidades cognitivas nem com as suas funções neurológicas", garantiu o médico, em declarações aos jornalistas. Jackson garantiu que a saúde de Trump é "excelente" e que "todos os dados indicam que o Presidente está saudável e que assim continuará a estar ao longo da sua presidência".

O relatório médico oficial indica que, com 71 anos e cerca de 1,90 metros, Trump pesa 108 quilos, o que lhe dá um índice de massa corporal (IMC) de 29,9, colocando o Presidente dos EUA numa situação de peso excessivo, já muito próximo do limiar da obesidade.

Não obstante, e de acordo com os exames citados, Trump apresenta uma saúde cardíaca “normal”, com um “ritmo regular”. As conclusões do relatório apontam para “um desempenho cardíaco muito bom durante os seus exames médicos” e garantem que o líder norte-americano “continua a gozar de bom ritmo cardíaco e de uma série de benefícios de saúde decorrentes de uma vida de abstinência de tabaco e álcool”.

Face ao cepticismo de alguns jornalistas, que citaram os hábitos alimentares e estilo de vida sedentário do Presidente norte-americano, Jackon respondeu com o milagre da genética. "Chama-se genética. Ele tem genes incríveis", garantiu Jackson, que também já havia seguido o estado de saúde de Barack Obama. Não obstante, no relatório, reconheceu que Trump poderia beneficiar de mais exercício e de uma dieta baixa em gorduras saturadas. "Se o Presidente se tivesse alimentado de forma saudável nos últimos 25 anos, viveria até aos 200", acrescentou em conferência de imprensa.

“Eu e o Presidente falámos. Ele gostaria de perder entre quatro a seis quilos. Falámos de dieta e muito exercício. Ele está mais entusiasmado com a parte da dieta do que com o exercício, mas vamos fazer as duas coisas”, afirmou o médico, escreve o New York Times.

Apesar da visão extremamente positiva de Ronny Jackson, o médico Sanjay Gupta, um especialista consultado pela CNN alerta para os perigos que se escondem nos números apresentados no relatório e que denunciam problemas cardiovasculares e um elevado risco de ataque cardíaco ou doença no espaço de três a cinco anos.

Pontuação máxima em teste cognitivo

Para além dos testes médicos e físicos, Donald Trump foi ainda submetido a um teste cognitivo. O Departamento de Assuntos Veteranos dos EUA recorreu ao rastreio neurológico conhecido como Avaliação Cognitiva Montreal (em inglês: Montreal Cognitive Assessment - MoCA), que analisa capacidades como a memória, linguagem, pensamento conceptual, cálculo e concentração. Não se trata de um teste de cultura geral, note-se. Os exercícios passam pela repetição de palavras, a identificação de animais ou o desenho de formas, entre outras tarefas a cumprir durante um determinado período de tempo. O modelo do exame cognitivo a que Trump foi sujeito é reproduzido abaixo.

O Presidente norte-americano alcançou a pontuação máxima, 30 pontos, segundo afirmou o médico.

Jackson afirma que o rastreio neurológico de dez minutos é suficiente para avaliar as capacidades intelectuais do líder dos EUA e que qualquer indício de problemas cognitivos sérios teria sido detectado nas respostas de Trump.

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