Qualidade dos serviços dos CTT tem vindo a piorar desde 2015

Os indicadores de qualidade dos serviços mostram uma tendência de degradação. Regulador quer inverter a situação e impor objectivos mais exigentes.

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ric ricardo campos

A demora da entrega do correio, o tempo de espera para o atendimento nos balcões e a distribuição de estabelecimentos pelo país são algumas das reclamações que duplicaram nos serviços de CTT face a 2015 e à última década. A degradação da qualidade dos serviços foi já apontada pelo presidente da Anacom, João Cadete de Matos, e os indicadores provisórios mostram que esta tendência se deverá manter, cita o Jornal de Negócios.

De acordo com os números citados pelo Jornal de Negócios, os indicadores de qualidade do serviço postal universal mostram que há falhas em vários serviços prestados. No caso do indicador relativo à distribuição do correio normal, quase três cartas em cada 1000 não foram entregues dentro do prazo. O mesmo acontece com os envios de encomenda e de cartas no correio azul, cujas entregas num período inferior a dois dias ficaram abaixo dos 90%. A insatisfação dos serviços reflecte também o encerramento de balcões e a demora no atendimento. Em 2016, o número de atendimentos concretizados até um período de espera máximo de dez minutos foi o mais baixo da última década.

“O contrato de prestação assinado com o Governo dos CTT foi alterado pela última vez em 2013 e a lei prevê que seja reavaliado a cada cinco anos. Quando for novamente reavaliado e “no contexto da reavaliação do serviço universal, tudo pode ser equacionado”, afirma fonte da Anacon citada pelo mesmo jornal.

A avaliação dos serviços é feita pela PriceWater-houseCoopers (PwC), contratada pelos CTT através de concurso público. 

Insatisfeita com os serviços prestados pelos CTT, a Anacom quer regras mais apertadas e propostas mais exigentes a partir de 1 de Julho. Entre as propostas do regulador estão o reforço do número de indicadores e a eliminação do limiar mínimo para entregas de correio. 

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