Grigor Dimitrov também vence sem jogar bem

Ivo Karlovic, de 38 anos, e Marta Kostyuk, de 15, fazem história no Open da Austrália.

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Reuters/ISSEI KATO

O Open da Austrália revelou mais um grande jogador: Mackenzie McDonald, que apresenta como cartão-de-visita o título de campeão universitário dos EUA em singulares e pares, em 2016. Após uma época a tempo inteiro como profissional, o norte-americano de 22 anos chegou a Melbourne no 186.º lugar do ranking. Passou as três rondas do qualifying e a primeira do quadro principal. E, na segunda, McDonald jogou de igual para igual com o número três da hierarquia mundial, Grigor Dimitrov, que só conseguiu superiorizar-se ao fim de três horas e meia.

“Estou muito contente com a vitória, não pela forma como joguei, mas como lutei. Não fiquei muito frustrado quando estive em dificuldades, esse é o lado positivo do encontro”, afirmou Dimitrov, recentemente campeão nas ATP Finals, após vencer, por 4-6, 6-2, 6-4, 0-6 e 8-6.

Num dia em que as temperaturas subiram em Melbourne, as emoções estiveram altas em vários encontros. Jo-Wilfried Tsonga teve de recuperar de  2-5 no quinto set para superar o esquerdino Denis Shapovalov (51.º), mas o seu ténis de ataque acabou por prevalecer sobre o talentoso canadiano de 18 anos: 3-6, 6-3, 1-6, 7-6 (7/4) e 7-5. 

Nick Kyrgios (21.º) logrou evitar prolongar o encontro e bateu Viktor Troicki (55.º), por 7-5, 6-4 e 7-6 (7/2), para marcar um apetecível encontro com Tsonga, finalista do Open há 10 anos. “Em 2008, quando tinha 12 anos, fui a todas as sessões de treino dele e todos os dias dava-lhe uma bola diferente para ele autografar, e ele assinou-as todas”, recordou Kyrgios. 

Ivo Karlovic (79.º), que fará 39 anos no próximo mês, é o mais velho jogador a chegar à terceira ronda do Open australiano desde a introdução dos quadros de 128 jogadores, em 1982. O croata assinou 53 ases, metade dos 110 winners, muitos deles igualmente obtidos nas 180 subidas à rede, para vencer Yuichi Sugita (40.º), por 7-6 (7/3), 6-7 (3/7), 7-5, 4-6 e 12-10.

Já o líder do ranking, Rafael Nadal, cometeu somente 10 erros não forçados no duelo com Leonardo Mayer (52.º), para vencer, por 6-3, 6-4 e 7-6 (7/4). Igualmente tranquila foi a vitória de Marin Cilic sobre João Sousa (70.º). O sexto cabeça de série serviu a um excelente nível, cedendo somente cinco pontos em 13 jogos de serviço, para vencer por 6-1, 7-5 e 6-2.

“Não entrei bem no encontro, sofri um break logo no princípio que lhe permitiu ganhar bastante confiança. No capítulo do serviço, esteve muito bem durante todo o encontro e eu não consegui encontrar um antídoto que contrariasse essa boa performance. No segundo set, consegui servir um pouco melhor, mas a verdade é que nunca me senti a jogar bem do fundo do campo e, depois, no terceiro set, ele fez um break no início”, explicou Sousa, que continua em Melbourne a competir em pares, ao lado de Leonardo Mayer.

No torneio feminino, Caroline Wozniacki (3.ª) viu Jana Fett (103.ª) liderar por 5-1 e dispor de dois match-points no set decisivo, antes de derrotar a croata por 3-6, 6-2 e 7-5. Quem não escapou foi Belinda Bencic que, dois dias antes, eliminara a campeoníssima Venus Williams. A suíça foi dominada pela qualifier tailandesa Luksika Kumkhum (124.ª), que assinou 30 winners para vencer, por 6-1, 6-3,

Em destaque continua Marta Kostyuk (521.ª), que se tornou na mais jovem a atingir a terceira ronda de um Grand Slam desde 1997, depois de vencer Olivia Rogowska. Campeã do Open júnior em 2017, a ucraniana de 15 anos ganhou, por 6-3, 7-5, e defronta agora a compatriota Elina Svitolina (4.ª).

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